Sá Leitão demite metade dos secretários do Ministério da Cultura

Sá Leitão demite metade dos secretários do Ministério da Cultura

Ministro garantiu que ação foi feita para fortalecer a equipe da pasta

AE

Ministro garantiu que ação foi feita para fortalecer a equipe da pasta

publicidade

A seis meses do fim do governo Michel Temer, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, decidiu trocar metade da cúpula da pasta. Leitão demitiu nesta segunda-feira ao menos três dos seis secretários: Débora Albuquerque (Cidadania e Diversidade Cultural), João Batista da Silva (Audiovisual) e Mansur Bassit (Economia da Cultura).

O ministro disse à reportagem que os "ajustes são pontuais" e que alguns secretários vão deixar o cargo a pedido. “Algumas mudanças se devem às alterações que fizemos na estrutura do MinC e nas atribuições das áreas. O decreto com a nova estrutura foi publicado na semana passada. Alguns estão saindo porque pediram. Procuramos fortalecer a equipe”, garantiu Leitão.

Os três secretários de saída ainda devem ficar no cargo por mais uma semana, com a demissão oficializada na segunda-feira, dia 2 de julho. Eles foram avisados de que Leitão quer montar uma equipe própria. "Ele está no direito dele em trocar, mas não sei os motivos", disse Bassit.

Os atuais secretários foram comunicados da exoneração, por telefone, pela nova secretária-executiva da pasta, Cláudia Pedrozo. Ela tomou posse e já despachou como ministra interina hoje, enquanto Leitão cumpria agenda em Washington, nos Estados Unidos. Cláudia Pedrozo substituiu na Secretaria Executiva Mariana Ribas, nomeada para a diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine).


Neste mês, a permanência de Leitão chegou a ser questionada depois de ele entrar em colisão com decisão do governo de redistribuir parcelas da arrecadação com as loterias federais para a Segurança Pública. Leitão planejava usar recursos do Fundo Nacional da Cultura, abastecido com dinheiro advindo das loterias, para financiar projetos de âmbito nacional, selecionados por meio de editais. Por isso, rebelou-se contra a decisão de Temer, capitaneada no governo pelo ministro Raul Jungmann.

Leitão classificou a Medida Provisória 841, que criou o Fundo Nacional de Segurança Pública e previu o repasse da receita com loterias, como uma “medida equivocada”, que não tinha o apoio do MinC”.

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895