Sartori diz que fez tudo o que era possível em seu governo

Sartori diz que fez tudo o que era possível em seu governo

Governador fez balanço de sua administração e disse que não abre mão de seus atos até o fim do mandato

Flavia Bemfica

Sartori revelou que o momento mais tenso foi a troca no comando da Segurança

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Teve tom de despedida a conferência do governador José Ivo Sartori (MDB) no almoço da Federasul nessa quarta-feira. Sartori elencou realizações de seu governo, fez uma série de agradecimentos à equipe e contou histórias da administração do Estado nos últimos quatro anos. Na coletiva que ocorreu antes do evento, quando jornalistas perguntaram sobre polêmicas que antecedem a troca de comando no Piratini, Sartori evitou as respostas diretas.

• Leite convida o MDB para participar da gestão estadual

Sobre o convite do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB) para que o MDB integre sua base, Sartori recorreu às declarações já dadas por integrantes da executiva do MDB, de que a atuação do partido será na “linha de oposição”, e repetiu: “A população nos colocou nesta posição”.

Questionado sobre os atrasos nos repasses do Estado para as prefeituras na área da Saúde, Sartori disse que “fez tudo o que era possível” e projetou que entregará o Estado com déficit aproximado de R$ 8 bilhões. “Fizemos repasses há pouco tempo, talvez não na quantidade ou no valor necessário, mas naquilo que havia disponível.” Ele não se comprometeu a quitar as dívidas da área da saúde até o final do ano.

• Eduardo Leite manterá corte de gastos no Executivo

Em relação às declarações de Eduardo Leite, de que o pré-acordo anunciado pela administração de Sartori para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) não cumpre as exigências da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e por isso não tem validade legal, Sartori disse que o documento, ainda não assinado, pode ajudar na manutenção da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que suspende o pagamento das parcelas mensais da dívida.

“Sobre diminuir ou dizer que o pré-acordo é fora de foco, eu respeito a opinião dos outros, vou levar em consideração as ponderações do novo governador mas, com certeza, não vou abdicar dos atos de governo.” 

Ato de governo

Questionado sobre o que motivou o Banrisul a distribuir R$ 353 milhões em dividendos a acionistas, operação relacionada à desistência do banco em fazer a abertura de capital da Banrisul Cartões, e que Leite havia pedido que fosse adiada, Sartori respondeu que o governo atual não vai abrir mão de seus atos. “A decisão sobre a distribuição de capital estava tomada pelo conselho (do banco) há muito mais tempo, e será feita com normalidade. Ela é tomada pelo próprio banco. O banco deu os resultados que deu e agora temos que olhar para as necessidades que o governo tem na atualidade e vamos fazer, porque não vou deixar de ser governador”, assinalou Sartori, referindo-se ao atual momento. 

Tensão

Durante o almoço, quando a presidente da Federasul, Simone Leite, solicitou que Sartori indicasse qual o período mais tenso de sua administração, o governador foi direto. Ele declarou que foi durante a troca de comando na Secretaria da Segurança, em agosto de 2016.

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