Sebastião Melo e secretário vão conhecer projetos de revitalização no Rio de Janeiro

Sebastião Melo e secretário vão conhecer projetos de revitalização no Rio de Janeiro

Recuperação atraiu investimentos, abriu novos espaços culturais e revitalizou o centro, que vivenciava a degradação, além da conexão com o porto

Mauren Xavier

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Um amplo projeto de revitalização tornou a zona portuária e centro em um dos pontos turísticos mais movimentados do Rio de Janeiro. A recuperação atraiu investimentos, abriu novos espaços culturais e revitalizou uma localidade, que vivenciava a degradação, além da conexão com o porto. Essas são algumas características que podem, dentro das devidas realidades, ser aproveitadas por Porto Alegre. 

É com esse intuito que o prefeito Sebastião Melo e o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, estarão na próxima terça-feira no Rio de Janeiro. Na agenda, visitas in loco pelo Porto Maravilha, com o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (CDURP), Gustavo Guerrante, e com o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo; além do encontro com o prefeito Eduardo Paes, que coordenou, em gestões anteriores o projeto. 

A articulação da visita tem sido feita por Schirmer, que em Porto Alegre coordena os projetos envolvendo a revitalização do Centro Histórico. Ele adiantou que já teve algumas reuniões com os responsáveis pelos projetos do Rio, conhecendo os acertos e os erros. "As informações são muito interessantes, sobre onde acertaram, onde erraram, como avançaram, as transformações, a captação de recursos. Por isso, a relevância da visita", justificou. É essa experiência que Melo e Schirmer querem conhecer de perto e adaptar para a realidade gaúcha. Para o secretário, o case do Rio de Janeiro é o de maior êxito no país.

Na avaliação dele, uma das características convergentes entre as duas cidades está o patrimônio arquitetônico e histórico localizado na região central. Outro ponto é a água. No caso do Rio, o mar; e no de Porto Alegre, o Guaíba. "Mas é um atrativo importante e que precisa ser valorizado", pontua Schirmer. 

Ao mesmo tempo, o secretário municipal reconhece dificuldades, como o de investimentos para obras. No caso do Rio de Janeiro, a transformação se deu no período relacionado à Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos, de 2016, quando a cidade foi a sede. "Era um momento de fartura (de recursos). O que não é a situação atual", enfatiza Schirmer.

Porém, além de investimentos pesados, há mudanças estruturais que precisam ser desenvolvidas, para grandes transformações. Neste caso, o secretário recorda que no caso da zona aerporturária do Rio de Janeiro a grande polêmica recaiu na retirada do viaduto da Perimetral, que atravessava a região e era considerado, pelos gestores da época, como responsável pela degradação da localidade. 

O desenvolvimento da mobilidade também atrai a atenção. Em específico na zona Portuária do Rio houve a instalação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Ele corta a zona, permitindo a integração mais simples e ágil. 

As transformações na região central ainda estão ocorrendo no centro carioca. Recentemente houve a aprovação do projeto Reviver Centro, que foca mais na transformação imobiliária da região. O projeto inclusive recebeu críticas por parte de algumas entidades e grupos, que avaliam que acabará por afastar moradores de rendas mais baixas. 

Em Porto Alegre, por exemplo, ainda está em discussão sobre o plano diretor específico do Centro, que deve ser enviado até setembro à Câmara, e uma lei que buscará conceder incentivos para a preservação arquitetônica, que está em fase de elaboração.  

 


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