Segunda etapa da privatização da CEEE, CRM e Sulgás exigirá mais do governo

Segunda etapa da privatização da CEEE, CRM e Sulgás exigirá mais do governo

Conforme o governador Eduardo Leite, projetos devem ser encaminhados ao Parlamento nesta semana, ou, no máximo, na próxima

Taline Oppitz

Nova etapa para a privatização de estatais deverá exigir mais do governo de Eduardo Leite

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Como previsto, as articulações em torno dos projetos de privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás serão intensificadas com o retorno do governador Eduardo Leite (PSDB) de agendas em Londres e Nova Iorque. Ontem, no final do dia, foi realizado encontro com deputados aliados no Piratini para tratar do tema. Originalmente, a intenção do Executivo era a de enviar as propostas ao Legislativo há cerca de dez dias, quando ocorreu a promulgação da PEC que derrubou a obrigatoriedade de realização de plebiscito para a venda das estatais. A chiadeira de aliados, no entanto, foi generalizada e o governo teve de recuar.

Foi então estabelecido prazo para que os parlamentares se manifestassem em relação aos textos, que, segundo os planos do governo, seriam enxutos, o que também desagradou deputados, inclusive os favoráveis às privatizações. Entre as reivindicações, estão a inclusão nos textos, de detalhes como os destinos que terão os recursos viabilizados com as privatizações.

Segundo Leite, em entrevista ontem pela manhã, os projetos devem ser encaminhados ao Parlamento nesta semana, ou, no máximo, na próxima. Apesar de o prazo estabelecido para “aperfeiçoamento” das propostas, e das manifestações públicas que não descartam alterações, o governo, que tem pressa em concretizar as transações, irá trabalhar para que os projetos não sofram alterações.

Na pior das hipóteses, para que as mudanças sejam mínimas. Para aprovar os projetos, são necessários 28 votos, número inferior aos 40 votos obtidos pelo governo na aprovação da PEC que derrubou o plebiscito. O êxito anterior, porém, não representa garantia tampouco tranquilidade nesta segunda etapa das privatizações. 


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