Sindicância que apura atuação de CCs de Carús volta a ser prorrogada na Câmara de Porto Alegre

Sindicância que apura atuação de CCs de Carús volta a ser prorrogada na Câmara de Porto Alegre

Procuradoria tenta esclarecer se servidores obtiveram licença-saúde a fim de ampliar margem de empréstimos a pedido do ex-vereador


Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Investigação deu início aos trabalhos há um mês

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Prevista para ser concluída nesta sexta-feira, a sindicância aberta na Câmara de Porto Alegre para apurar a conduta de cargos em comissão (CCs) que atuaram no gabinete do então vereador André Carús (MDB) voltou a ser prorrogada, por mais um mês. A investigação deu início aos trabalhos há um mês. O alongamento do prazo ocorreu após a sindicância ter recebido documentos referentes a uma diligência realizada pela Prefeitura, que também investigou a contratação de empréstimos por parte de servidores ligados ao Executivo.

Com duas mil páginas, a sindicância durou quatro meses. A Polícia Civil recebeu o material primeiro e, com ele, embasou a operação que culminou com a prisão de Carús. Em função da extensão do material obtido, que só chegou à Câmara no dia 5, a sindicância teve o prazo mais uma vez estendido. A intenção é cruzar informações e verificar se irregularidades envolvendo servidores da Prefeitura e uma empresa de crédito também foram replicadas pelos funcionários do Legislativo. Na próxima segunda-feira, o Diário Oficial de Porto Alegre publicar o aval para que a apuração continue.

Detido em 1º de outubro, pela suspeita de obrigar assessores a contrair empréstimos para saldar dívidas pessoais, Carús ficou dez dias preso. Em seguida, renunciou ao cargo de vereador em Porto Alegre. Ao deixar a vida pública, eafirmou ser inocente e justificou ter renunciado por ter “vergonha na cara”.

Na Câmara, a sindicância busca averiguar se os CCs que atuaram com Carús obtiveram licença-saúde a fim de ampliar a margem para aquisição de empréstimos junto à financeira, que também é investigada.

A apuração é conduzida por um dos procuradores da Câmara. Ao todo, serão apuradas as condutas de até 12 CCs, que passaram pelo gabinete de Carús. A meta é esclarecer se houve favorecimento ou não para a autorização das licenças. Ao término da sindicância, o relatório final é encaminhado às autoridades competentes, como Polícia Civil e Ministério Público.


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