STF deixa para fevereiro julgamento de criminalização da homofobia

STF deixa para fevereiro julgamento de criminalização da homofobia

Questão seria julgada ainda este ano pelo plenário da Corte, mas acabou tendo a análise adiada

AE

STF deixa para fevereiro julgamento de criminalização da homofobia

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marcou para o dia 13 de fevereiro de 2019 o julgamento que discutirá a possibilidade de criminalização da homofobia. A questão seria julgada ainda este ano pelo plenário da Corte, mas acabou tendo a análise adiada.

Em pauta, serão duas ações sobre o tema, com as relatorias dos ministros Celso de Mello e Edson Fachin. Uma delas foi apresentada em 2012 pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT). A ação pretende obter a criminalização específica de todas as formas de homofobia e transfobia, especialmente das ofensas, dos homicídios, das agressões e discriminações motivadas pela orientação sexual e/ou identidade de gênero.

Sob relatoria de Celso, a ação apresentada pelo Partido Popular Socialista (PPS) em 2013 faz os mesmos pedidos. Os autores alegam que o Congresso foi omisso em não legislar sobre a matéria. Em manifestação enviada na sexta-feira ao STF o Senado afirmou que há um projeto de lei de 2017 que propõe a alteração do Código Penal.

A mudança prevê punir discriminação ou preconceito de origem, condição de pessoa idosas ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero. Os advogados da Casa defendem que o PL - atualmente em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania - "mais do que cobre a pretensão" do pedido apresentado ao STF.

A petição ainda cita recente declaração de Toffoli, de que "é hora de o Judiciário se recolher a seu papel tradicional". Os advogados alegam que isso "certamente" não incluiu o arbitramento de controvérsias que estão tramitando de forma regular nas "instâncias democráticas".

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