STF dá 48 horas para Anvisa explicar critérios em testes de vacinas

STF dá 48 horas para Anvisa explicar critérios em testes de vacinas

Ministro Roberto Lewandowski cobrou informações sobre os testes da vacina Coronavac e o atual estágio de aprovação desta e demais vacinas

R7

Em despacho publicado nesta terça-feira, o ministro determina que a agência preste informações complementares

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski deu prazo de 48 horas para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dê informações sobre os critérios usados para os testes da vacina Coronavac e o atual estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a Covid-19.

Em despacho publicado nesta terça-feira, o ministro determina que a agência preste informações complementares. "Determino que a Anvisa, observado o âmbito de sua autonomia técnica, preste informações complementares àquelas já ofertadas pela Presidência da República e pela Advocacia-Geral da União, acerca dos critérios utilizados para proceder aos estudos e experimentos concernentes à vacina acima referida, bem como sobre o estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a Covid-19", afirmou Lewandowski, no despacho.

A agência determinou na segunda-feira a interrupção dos estudos da vacina Coronavac por causa de "evento adverso grave". A vacina é produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo comunicado, o evento – não especificado – aconteceu em 29 de outubro. A decisão da suspensão da pesquisa acontece para que os estudos possam avaliar sobre a segurança e benefícios à saúde do possível imunizante antes da continuidade do estudo.

Nesta terça, o governo de São Paulo afirmou que a morte de voluntário que participava de estudo não tinha a ver com os testes. 

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, a medida foi tomada por causa de uma "decisão técnica" diante de "informações insuficientes" sobre um evento adverso grave ocorrido com um dos participantes da pesquisa.

Torres afirmou que é normal a paralisação dos estudos em testes de vacina. Ele citou o caso do imunizante de Oxford, que também interrompeu sua pesquisa por causa de um evento adverso.


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