Superior Tribunal de Justiça determina afastamento de Witzel do cargo de governador do Rio

Superior Tribunal de Justiça determina afastamento de Witzel do cargo de governador do Rio

Órgão também expediu mandados contra o presidente do PSC e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico

Correio do Povo, AE e R7

Não há mandado de prisão contra o governador

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O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, determinou o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), nesta sexta-feira, por conta de supostos desvios da Saúde do Estado. O órgão também expediu mandados de prisão contra o presidente do partido, Pastor Everaldo, e contra o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão. O afastamento vale por 180 dias. O vice-governador, Claudio Costa, também do PSC, assume o cargo.

A Polícia Federal faz buscas contra a primeira-dama Helena Witzel e André Ceciliano, presidente na Assembleia Legislativa do Rio. Agentes estiveram na sede administrativa na Casa na Rua da Alfandega, a poucos metros do Palácio Tiradentes. Também são alvo das buscas o Palácio das Laranjeiras, o Palácio Guanabara e a residência do vice-governador.

A Procuradoria-Geral da República informou que a operação foi batizada de "Tris in Idem" e que ao todo são cumpridos 17 mandados de prisão - seis preventivas e 11 temporárias - e 72 de busca e apreensão. As ordens são cumpridas no Distrito Federal e em seis Estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais. Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada.

Em maio deste ano, Witzel foi alvo na operação Placebo, que investigava irregularidade na saúde durante a pandemia. O governador e a mulher dele, Helena Witzel, estão no centro das investigações de corrupção no combate à Covid-19, que resultou em contratos de mais de R$ 2 bilhões de empresas e organizações sociais, principalmente, ligadas ao empresário Mário Peixoto, preso na Operação Favorito em 14 de maio. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o chefe do Executivo carioca montou um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos.


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