Trump é passado e relação com Biden é igual a casamento, diz Bolsonaro

Trump é passado e relação com Biden é igual a casamento, diz Bolsonaro

Nos EUA para participar da Cúpula das Américas, presidente brasileiro diz que Biden e ele terão de aceitar defeitos um do outro

R7

Biden e ele conversaram em Los Angeles, nos EUA, na Cúpula das Américas

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Prestes a se reunir pela primeira vez com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), comentou nesta quinta-feira que já deixou para trás a aversão que tinha ao nome do estadunidense e comparou a relação institucional dos dois a um casamento. "Você vai aceitar os meus defeitos, eu vou aceitar os seus e vamos ser felizes", disse Bolsonaro, em Los Angeles, onde participa da Cúpula das Américas.

Em 2020, quando Biden disputou a presidência dos EUA contra o então presidente Donald Trump, Bolsonaro declarou publicamente que torcia pela reeleição de Trump e reclamou de falas de Biden sobre o Brasil, como as críticas às políticas de preservação da Floresta Amazônica. Agora, Bolsonaro diz que essas intrigas políticas são coisas do passado.

"Não vim aqui tratar desse assunto. Já é um passado. Vocês sabem que eu tive um excelente relacionamento com o presidente Trump. Isso é passado. O presidente agora é Joe Biden, é com ele que eu converso, ele é o presidente e não se discute mais esse assunto", afirmou.  

Ainda na noite desta quinta-feira, Bolsonaro e Biden ficam frente a frente pela primeira vez. Segundo o chefe do Executivo brasileiro, "vai ter uma conversa reservada também e cada um suscitará seus interesses nessas partes". "Nós precisamos aprofundar nosso relacionamento. Eu sempre tive uma enorme consideração com o povo americano, temos valores em comum, como democracia, liberdade, e eu tenho certeza de que será um bom encontro com o presidente americano Biden. Tem muita coisa pra falar, vocês já sabem que o mundo sem o Brasil passa fome. É um grande parceiro comercial nosso", declarou.

A reunião dos dois presidentes deve durar cerca de 35 minutos, segundo a agenda oficial de Bolsonaro. Entre os assuntos que devem ser discutidos pelos líderes, estão o combate à insegurança alimentar, a situação econômica, a energia renovável e o meio ambiente.

Como adiantou o Blog do Nolasco, os estadunidenses querem que seja aprovada uma declaração conjunta dos países sobre o meio ambiente e buscam o apoio do Brasil para dar força ao compromisso. Fontes com acesso às negociações informaram que o documento deve ter o apoio brasileiro.


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