Vídeo revela entrega de dinheiro para deputados do Partido Progressista
STF autorizou quebra do sigilo telefônico do presidente da sigla Ciro Nogueira e de seu ex-assessor
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A propina tinha o propósito de convencer Rodrigues a alterar o depoimento que deu à Polícia Federal, implicando Nogueira e outros parlamentares investigados na Operação Lava Jato. Após receber o dinheiro, Rodrigues entregou os valores para aos policiais. Em uma das entregas, a PF acompanhou o momento em que Junqueira passa na casa do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como Dudu da Fonte.
Ao todo, a Polícia Federal flagrou duas entregas de dinheiro, que somaram R$ 6 mil, além de ter identificado o pagamento do conserto do carro de Expedito, por meio de transferência bancária de Junqueira. Também comprovou a quitação de outras despesas pessoais.
Ao longo dos 60 dias em que foi alvo da ação controlada, Junqueira teve seus telefones grampeados e chegou a ser monitorado por policiais, inclusive, durante viagens para os estados de São Paulo e Roraima. O STF também autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Junqueira, Ciro Nogueira e Dudu da Fonte.
O primeiro encontro entre Junqueira e Expedito ocorreu em fevereiro deste ano, no aeroporto de Brasília. Naquele mês, porém, Expedito procurou a PF para relatar que o ex-deputado estaria oferecendo dinheiro para que alterasse o teor de seu depoimento dado à PF. Na ocasião, relatou repasses de propina a Ciro Nogueira e a outros parlamentares do PP no período em que trabalhou como motorista no gabinete do senador. A partir daí, segundo O Globo, a PF começou a monitorar Junqueira, com autorização do ministro Edson Fachin (STF).