Vereador de São Sepé quer proibir fogos de artifícios com estampido

Vereador de São Sepé quer proibir fogos de artifícios com estampido

Se aprovado o projeto de lei, ficará proibido a fabricação, a venda e o transporte do material

Renato Oliveira

Vereador de São Sepé quer proibir fogos de artifício com estampidos

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O vereador Renato Rosso (PP) deve apresentar, na sessão desta terça-feira na Câmara de vereadores de São Sepé, Projeto de Lei (PL) proibindo a comercialização e o uso de fogos de artifício com estampido, em área urbana no município. A matéria propõe a proibição de depósito, transporte, manuseio, queima e a soltura dos fogos e artefatos que emitem sons acima do permitido.

Segundo o parlamentar, a ideia é evitar acidentes e a perturbação sonora, que prejudica especialmente animais, que têm sensibilidade auditiva. A pena prevista para o descumprimento da lei é de multa em dinheiro de 10 Unidades Padrão Municipal (R$ 80,00 cada) para a pessoa física e 20 Unidades Padrão para estabelecimento comercial. A fiscalização fica por conta da administração municipal, das forças policiais e dos próprios cidadãos. Já a aplicação da multa será responsabilidade da Prefeitura Municipal.

Fabricação e venda de fogos de artifício estão proibidas em Porto Alegre

O projeto cita casos como o acidente do Rodeio de Hortolândia (SP) em 2014, quando seis cavalos se assustaram com o barulho dos foguetes e invadiram uma rodovia. O fato causou a morte de todos os animais e o ferimento de várias pessoas, devido a um engavetamento de pelo menos 10 carros.

“Conforme a pesquisa que fizemos para justificar a lei, o susto provocado por bombas pode causar morte ou disritmia em crianças de zero a 6 anos de idade, além de representar um risco para adultos que manuseiam estes objetos. Podem ser prejudiciais para gestantes, idosos e pessoas hospitalizadas também. O estampido pode matar animais domésticos por parada cardiorrespiratória e ainda desorientar bandos de aves que acabam perdendo a rota de voo. Existe ainda a questão do prejuízo da qualidade do ar, já que a fumaça dos fogos transforma-se em agente cancerígeno”, destacou o vereador.

Depois de apresentado na Câmara, o PL passa pela avaliação da Comissão de Constituição, Justiça, Finanças e Orçamento (CCJ), se obtiver parecer favorável, começa a ser discutido em plenário na próxima sessão.

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