Voto pela reforma da Previdência não tem relação com emendas, diz Tabata Amaral

Voto pela reforma da Previdência não tem relação com emendas, diz Tabata Amaral

Parlamentar votou favorável ao texto-base e foi convidada por Frota para ingressar no PSL

Correio do Povo

Tabata Amaral disse que seu voto pela reforma da Previdência é um voto de consciência

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Famosa pelos discursos em defesa da Educação, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) também vem se destacando pela defesa da Reforma da Previdência. Contrariando a orientação do partido, ela chegou a receber uma ligação de Ciro Gomes nas vésperas da votação, em primeiro turno, nesta quarta na Câmara dos Deputados. Além de Tabata, outros sete pedetistas votaram a favor, incluindo o deputado gaúcho Marlon Santos.

Criticada por colegas de partido, a parlamentar chegou a ser convidada hoje para ingressar no PSL. O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) fez o convite informal. O PDT vai abrir processo disciplinar contra os pedetistas que votaram pela reforma da Previdência. No entanto, na prática, é uma incógnita se haverá expulsões dentro do partido. Tabata foi a deputada federal mais votada do PDT proporcionalmente. 

Na semana da votação do texto da reforma, o governo Bolsonaro liberou mais de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. Tabata negou que seu voto tenha relação com o dinheiro das emendas. Segundo a deputada, votar pelas mudanças nas regras de aposentadoria não significar se aliar ao governo. "Meu voto pela reforma da Previdência é um voto de consciência, não é um voto vendido, não é um voto por dinheiro de emendas, é um voto de convicção e por tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do país e não para o próximo processo eleitoral", disse em vídeo publicado em suas redes sociais.

E completou "quem me conhece, sabe da minha luta pelos mais pobres. A Previdência tira dinheiro de quem menos tem e transfere para os mais ricos. Ser de esquerda não pode significar que a gente tem que ser contra um projeto que pode tornar o Brasil mais inclusivo e desenvolvido". 

O texto foi aprovado ontem com 379 na Câmara dos Deputados. Contribuintes do INSS que atingirem o tempo mínimo de contribuição (20 anos para homem e 15 anos para mulher) terão direito a apenas 60% da média dos seus salários como aposentadoria. A partir do 21º ano, a cada ano extra de contribuição, a taxa subiria em dois pontos percentuais, de modo que só será possível se aposentar com 100% da média da remuneração ao longo da vida após 40 anos de contribuição.

A Câmara dos Deputados analisa na tarde desta quinta-feira (11) 14 propostas de alteração no texto-base (destaques) da reforma da Previdência, que foi aprovado na quarta-feira (10), por 379 votos a favor e 131.

Entre os destaques, a bancada feminina da Câmara considerou que a fórmula de cálculo do benefício das trabalhadores não foi ajustada ao tempo de contribuição acertado para mulheres, de 15 anos. O DEM fez o ajuste nesse ponto, para que mulheres possam ter direito a 60% do valor do benefício aos 15 anos de contribuição e não 20 anos. A cada ano a mais na ativa, será possível receber mais 2%. A aposentadoria especial de professores, destaque apresentado pelo PDT, também está na pauta.


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