Primeiro submarino brasileiro com tecnologia francesa é lançado
Novas embarcações vão substituir os cinco convencionais que o país possui
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O ambicioso programa Prosub visa garantir ao Brasil, por meio dessa nova frota de submarinos, a proteção de seus 8.500 quilômetros de costa e seus depósitos de petróleo em águas muito profundas. Batizado com o nome de uma batalha naval vencida pelo exército brasileiro no século XIX, esse submarino do tipo "Scorpene" tem 72 metros de comprimento e pesa cerca de 1.800 toneladas.
Cintilante sob o sol, adornado com as cores do Brasil, o submarino desceu lentamente em direção ao mar com a ajuda de um gigantesco elevador. O presidente Temer, que chegou de helicóptero, ativou simbolicamente o mecanismo pressionando um grande botão de luz vermelha. Pouco antes, o submarino foi batizado com champagne, sob aplausos, pela primeira-dama, Marcela Temer. Após este lançamento simbólico, o submarino passará por uma série de testes e só deverá entrar em serviço daqui dois anos.
Os novos submarinos vão substituir os cinco submarinos convencionais que o país possui, construídos em colaboração com a Alemanha entre 1980 e 1990. Com maior autonomia, garantirão a proteção dos recursos naturais da "Amazônia Azul", nome dado às águas territoriais brasileiras (4,5 milhões de km2), de superfície comparável à da floresta amazônica.
"Trata-se de uma combinação da tecnologia francesa e das competências e necessidades da Marinha do Brasil, uma espécie de tropicalização (do Scorpene) para proteger o vasto patrimônio da Amazônia Azul", declarou André Portalis, presidente do ICN, consórcio responsável pelo estaleiro e formado pelo Naval Group e pela construtora Odebrecht.
Um dos principais desafios: monitorar os depósitos do "pré-sal", enormes reservas de petróleo localizadas em águas muito profundas, sob uma densa crosta salina, e cujas concessões começaram a ser negociadas nos últimos anos em leilões muito disputados pelas maiores empresas do setor.