Agro faturou 8,4% a mais com exportação até março

Agro faturou 8,4% a mais com exportação até março

Resultado do primeiro trimestre do ano foi divulgado ontem pelo DEE e mostra avanços do tabaco, carnes, cereais, farinhas e produtos florestais

Nereida Vergara

publicidade

O primeiro trimestre de 2021 fechou com alta nas exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul. De acordo com o relatório divulgado ontem pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, o faturamento com as vendas ao exterior efetuadas de janeiro a março chegou a 2 bilhões de dólares, valor 8,4% superior ao do mesmo período no ano passado.

O incremento foi impulsionado pelos aumento das vendas dos segmentos de tabaco, carnes, cereais, farinhas e preparações e produtos florestais. O destaque negativo do trimestre ficou para o movimento da soja. A receita das exportações da oleaginosa recuou 21,9% e fechou o trimestre em 80,9 milhões de dólares.

O pesquisador e economista do DEE Sérgio Leusin Jr. explica que o comportamento da soja reflete a safra comprometida pela estiagem do ano passado e o baixo estoque de passagem do grão, o que fez com que houvesse menos produto disponível para a comercialização antes da entrada da safra 2020/2021, cuja colheita se encaminha para a conclusão Estado. “Esse conjunto de fatores é o responsável pela queda nas vendas”, diz Leusin. O economista admitiu surpresa com o desempenho do tabaco. A comercialização do produto para o exterior no primeiro trimestre rendeu 77,2 milhões de dólares em divisas, com crescimento de 27,4% sobre o mesmo período do ano passado. “Tradicionalmente, o primeiro trimestre é de vendas fracas para o tabaco, mas em razão da pandemia, a qual gerou atraso na janela de processamento do produto, houve incremento na comercialização”, completa, referindo-se à mudança do período de parte dos embarques. O aumento do valor das vendas foi de 13,1% para as carnes; 20,9% para o grupo cereais, farinhas e preparações; e 5,6% para os produtos florestais.

Empregos

O primeiro trimestre de 2021 apresentou o maior saldo positivo nas estatísticas de emprego no campo desde o início da série histórica, em 2007. A diferença entre admissões e demissões na agropecuária foi de 26.504, número superior aos 25.278 de 2019, melhor resultado até então, e aos 19.229 registrados em 2020. O estoque de empregos com carteira assinada em março de 2021 foi de 363.355, com acréscimo de 18.721 postos de trabalho sobre março de 2020.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895