Arroz alcança marcas inéditas

Arroz alcança marcas inéditas

Saldo da balança comercial de julho foi o maior já registrado, assim como preço de 14 de agosto

Carolina Pastl*

A produção gaúcha de arroz representa 70% da nacional

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A balança comercial do arroz (base casca) teve saldo de 250,8 mil toneladas em julho, maior superávit mensal da história, resultante da diferença entre a exportação, de 298,9 mil toneladas, e a importação, de 48,1 mil toneladas. A receita cambial chegou a 82,7 milhões de dólares enquanto os pagamentos atingiram 13 milhões de dólares. Cuba, Peru, Venezuela, Estados Unidos e Costa Rica foram os principais destinos do produto, com um total de 109,4 mil toneladas. O levantamento foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS).

No acumulado do ano comercial (de março a julho), o volume e o faturamento das exportações também cresceram, enquanto o das importações diminuiu. O Brasil enviou ao Exterior 1,09 milhão de toneladas, volume 97% superior ao do mesmo período no ano passado, e faturou 304,7 milhões de dólares, alta de 127%. A importação caiu 19% em volume e 16% em custos, com 368,7 mil toneladas e 91,2 milhões de dólares.

“A qualidade do arroz brasileiro, a quebra da safra de grandes concorrentes, a alta das cotações no Exterior e a variação cambial influenciaram este cenário positivo”, observa o diretorexecutivo do Sindarroz-RS, Tiago Sarmento Barata.

PREÇOS - As circunstâncias descritas por Barata também fizeram com que os preços da saca do arroz batessem diversas vezes o recorde real da série do Cepea/Esalq/USP durante este mês e atingissem o pico de R$ 75,90 na sexta-feira. O levantamento é feito desde 2005 e tinha como recorde anterior os R$ 71,59 correspondentes à atualização do valor de maio de 2008. O preço médio praticado no Rio Grande do Sul durante a semana passada foi de R$ 66,88, segundo a Emater/RS-Ascar, bastante superior à média histórica de agosto (R$ 50,42) e geral (R$ 49,47).

 

*Sob supervisão de Elder Ogliari


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895