Chuva eleva focos de transmissão de raiva herbívora

Chuva eleva focos de transmissão de raiva herbívora

Foram identificados 32 focos em 16 municípios entre janeiro e a primeira semana de maio

Patrícia Feiten

Fenômenos climáticos provocam estresse nas colônias de morcegos

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Como efeito da estiagem no verão e das enchentes ocorridas após o retorno da chuva, o Rio Grande do Sul vem registrando um aumento na ocorrência de raiva herbívora. De janeiro até a primeira semana de maio deste ano, foram identificados 32 focos em 16 municípios, com maior concentração na Fronteira Oeste e na Região Metropolitana. No mesmo período de 2021, foram nove focos em sete municípios, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). O problema afeta principalmente rebanhos bovinos, mas também ovinos e equinos.

Em todo o ano passado, o Estado registrou 48 focos de raiva herbívora em 31 municípios, O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da secretaria, Wilson Hoffmeister, explica que os fenômenos climáticos provocam estresse nas colônias de morcegos, principais transmissores da raiva, que é causada por um vírus. Com isso, há aumento nas migrações desses animais e, consequentemente, dos focos. “O período de maior número de casos é o inverno, então, existe uma tendência de que este seja um ano com bastante casos”, alerta Hoffmeister.

Ao perceber que os rebanhos estão sendo atacados, os produtores devem procurar as inspetorias e escritórios de defesa agropecuária da secretaria, para facilitar a localização dos refúgios de morcegos nas propriedades rurais, recomenda Hoffmeister. As principais medidas contra a doença são o controle populacional do morcego e a vacinação.


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