Concurso de Queijos Artesanais atrai público com sabores únicos em Porto Alegre

Concurso de Queijos Artesanais atrai público com sabores únicos em Porto Alegre

Realizado na Casa de Cultura Mario Quintana, evento avalia 99 variedades produzidas por agroindústrias gaúchas

Patrícia Feiten

Paulo Ceratti, da Canto Queijaria, de Barra do Quaraí, trouxe os queijos Jarau e Aragano

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Com uma feira de queijarias e uma série de painéis, o 1º Concurso de Queijos Artesanais do Rio Grande do Sul começou nesta sexta-feira (27) na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), em Porto Alegre, e se estende até este sábado. Ao longo do evento, promovido pela Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), com apoio do programa RS Criativo, serão avaliadas 99 variedades de queijos produzidos em diversas regiões do Estado. A programação inclui ainda oficinas de harmonização, coquetelaria de lácteos e degustação, realizadas em parceria com o Lola Bar e o Restaurante Térreo, e uma exposição fotográfica.

Um dos organizadores do concurso, o especialista em queijos Shay Trequesser, avaliou como positivo o primeiro dia do evento e destacou o apoio recebido de chefs de cozinha. “Foram vendidos quase todos os ingressos das oficinas de degustação, com itens diferentíssimos, como chá, chocolate, vinho, cerveja, então a gente vê um engajamento muito legal do público”, comentou. Como a iniciativa está em sua primeira edição, Trequesser disse que os organizadores não estabeleceram uma projeção de vendas. Cada uma das 15 agroindústrias presentes na exposição trouxe para a feira de 50 a 100 quilos de queijo, o que totaliza em torno de uma tonelada de produtos, informou.

Na disputa pela láurea no concurso, a Canto Queijaria, de Barra do Quaraí, conquista o paladar dos visitantes com queijos autorais como o Jarau, batizado em homenagem à cadeia de colinas rochosas que é uma das atrações turísticas do município. O produto, no formato de um morro, é preparado com uma infusão de chá de guabiroba, explicou o proprietário da queijaria, Paulo Ceratti. Outro destaque da agroindústria, o Aragano se diferencia pelos mofos naturais adquiridos durante a maturação na câmara de cura – brancos ou azuis, dependendo da temperatura em cada época do ano. “É um queijo selvagem, por isso tem o nome de Aragano, vento do Pampa que não se sabe de ontem vem nem para onde vai”, disse Ceratti, que produz 300 quilos de queijos por mês. 

Jonas Maier e Tatiane Niendicker, de Quinze de Novembro, participam do evento para tornar sua marca conhecida. Foto: Matheus Piccini

À frente da Agroindústria Queijo Terra das Águas, de Quinze de Novembro, o casal Tatiane Niendicker e Jonas Maier veio para o concurso com o propósito de tornar sua marca conhecida. Com apenas três anos de atividades, o empreendimento produz mensalmente 800 quilos de queijos e vende o estoque em supermercados do município e de cidades vizinhas. Quem visitar o estande da empresa encontrará duas versões da iguaria – o queijo colonial e o produto maturado por mais de 60 dias. “Não temos expectativa de vendas, mas a gente espera que venha um grande publico”, disse Tatiane. 


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