Corrupção passiva de auditores agropecuários é investigada em nova fase da Carne Fraca

Corrupção passiva de auditores agropecuários é investigada em nova fase da Carne Fraca

PF deflagrou a quarta etapa da operação que deve cumprir quase 70 mandados em nove estados, incluindo o Rio Grande do Sul

AE

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram, na manhã desta terça-feira, a quarta fase da Operação Carne Fraca, batizada de Romanos. A investigação apura crimes de corrupção passiva cometidos por auditores fiscais agropecuários federais que teriam recebido propinas para atuarem em benefício de um grupo empresarial do ramo alimentício. 

Segundo a PF, há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos. Cerca de 280 Policiais Federais cumprem 68 mandados de busca e apreensão em nove estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR). De acordo com a Polícia Federal, o inquérito tem como base a colaboração do grupo alimentício, que indicou que ao menos 60 auditores teriam recebido propinas. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas, diz a PF. A corporação indicou ainda que o esquema teria sido interrompido em 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna. Segundo a PF, o nome da operação faz referência a passagens bíblicas do Livro de Romanos, "que tratam de confissão e Justiça".


Correio do Povo
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