Divulgados nomes de vinícolas que contaminaram vinho no RS

Divulgados nomes de vinícolas que contaminaram vinho no RS

Superintendente do Mapa garante que produto adulterado foi retirado de circulação

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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A Superintendência Regional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Rio Grande do Sul divulgou na tarde desta sexta-feira a lista com os nomes das vinícolas que adicionaram antibiótico ao vinho. As 13 empresas estão sendo investigadas e serão penalizadas administrativamente, garantiu o superintendente Francisco Signor. Ele disse também que todo o lote contaminado já foi retirado de circulação.

Signor explicou que o resultado da apuração conduzida pelo Mapa vai ser encaminhado ao Ministério Público para que o órgão tome providências nos âmbitos civil e criminal. Todo o vinho identificado como proibido é do tipo suave. Por conter açúcar na composição, a especialidade precisa de mais conservante para evitar que fungos contaminem o produto. As empresas são: Vinícola Gilioli, Casa Motter, Del Colono, São Luiz, VT Vinhos, Vinhos Bampi, Forqueta, Cooperativa Victor Emanuel, Santini, Capelletti, I.A. Sandi, Adega Silvestri e CMS Ltda.

As vinícolas identificadas com o problema seguem produzindo, mas não foram mais encontrados indícios do uso do fungicida irregular, de acordo com o Mapa. Conforme diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o produto químico usado não gera prejuízos à saúde e é autorizado para a conservação de queijo. Mesmo assim, condenou o uso por não ser legal a aplicação. Segundo o gerente da Divisão de Produção Vegetal da Secretaria da Agricultura do Estado, José Candido Motta, a natamicina só gera risco com o uso continuado.

O governo do Estado deve adquirir o equipamento que permite a detecção do fungicida em vinhos, mas ainda sem prazo definido. A compra deve ser feita após acordo com o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercado Comum do Sul (Focem). De acordo com o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, o equipamento custa cerca de R$ 1 milhão.

Uma nota técnica foi encaminhada para o Ministério Público (MP) no dia 5 de agosto de 2013. No documento, produzido pelos técnicos da pasta estadual, era anunciada a suspeita de contaminação e, também, destacado que os vinhos chilenos e argentinos também continham o antibiótico. Procurado pela reportagem, o órgão, por meio da assessoria de imprensa, informou que está aguardando laudos do Mapa.

Lotes contaminados



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