Embrapa prepara reestruturação

Embrapa prepara reestruturação

Entre as mudanças previstas está um novo
modelo de captação de recursos para pesquisa

Patrícia Feiten

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A criação de um centro de serviços compartilhados, que unificará áreas administrativas nas 43 unidades de pesquisa da Embrapa distribuídas pelo país, é uma das bases do plano de reorganização em curso na empresa. Batizado de Transforma Embrapa e inspirado em modelos da iniciativa privada, o processo busca dar agilidade e eficiência à estatal, segundo a diretora executiva de Inovação e Tecnologia da empresa, Adriana Martin.

“Há atividades de apoio à pesquisa e desenvolvimento que são comuns a todos (os centros), como gestão de pessoas, tecnologia de informação e compras”, explicou Adriana, na sexta-feira passada, durante visita à Estação Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, onde ocorreu a 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz). 

Em resposta aos cortes em seu orçamento, a Embrapa também planeja a adoção de um novo modelo de captação de recursos para pesquisa e criação de produtos, disse a executiva. A meta é chegar a 2023 com 40% do portfólio de projetos executados em parceria com empresas privadas – hoje, esse percentual é de 24%.

A reestruturação da estatal, porém, é alvo de críticas de entidades. Em nota no dia último dia 11, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) afirmou que o processo é “pouco transparente” e tenta transformar a empresa em um “balcão de negócios”.

Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Embrapa mantém quatro centros de pesquisa no Rio Grande do Sul – além da unidade de Capão do Leão, há a Embrapa Trigo, em Passo Fundo; a Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves; e a Embrapa Pecuária Sul, em Bagé.


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