Estado vê casos de ferrugem asiática crescerem neste mês

Estado vê casos de ferrugem asiática crescerem neste mês

Consórcio Antiferrugem já registra 59 casos em fevereiro, enquanto em janeiro havia apenas dois

Carolina Pastl*

Fungo depende de umidade na folha e temperatura alta para causar a doença

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A incidência de ferrugem asiática na soja cresceu a ponto de colocar o Rio Grande do Sul na segunda posição de ocorrências, com 61 casos, atrás apenas do Paraná, que acumula 89. Os dados são do Consórcio Antiferrugem. Dos registros gaúchos, dois foram apontados em janeiro e 59 em fevereiro, quando a soja está se desenvolvendo.

Para a fitopatologista da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Caroline Wesp, que integra o laboratório que registra casos gaúchos, o motivo são as chuvas de janeiro e fevereiro. “O fungo precisa de umidade na folha de pelo menos seis horas e temperaturas entre 18ºC e 25ºC à noite para causar a doença. Ou seja, estamos numa condição climática ideal, ao contrário da última safra, que viveu déficit hídrico”, compara. No ciclo 2019/2020 houve apenas 22 casos no Rio Grande do Sul, 17 deles em fevereiro. No país foram 213, numero que já foi superado no ciclo atual, que tem 220.

A orientação é que o produtor aplique fungicidas com potencial curativo. “Se for o caso, em intervalos até menores que 15 dias”, sugere o presidente da Aprosoja/RS, Décio Teixeira.

*Sob supervisão de Elder Ogliari


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895