A expansão da soja no Rio Grande do Sul

A expansão da soja no Rio Grande do Sul

Crescimento do produto ocorreu no final dos anos 60 e início dos 70

Correio do Povo

Correio do Povo Rural noticiou o crescimento da cultura de soja no Rio Grande do Sul

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Três de junho de 1960. A edição do Correio do Povo noticiava em seu recém-criado suplemento "Correio do Povo Rural" que o Rio Grande do Sul se tornara o maior produtor de soja da América Latina. O final dos anos 60 e início dos 70 marcaram a expansão dessa cultura no Estado, a ponto de o período ser conhecido como o “ciclo expansionista”. Até 1975, a soja continuava alcançando sucessivos recordes e, desde então, se constitui na principal cultura gaúcha. Construções de silos e armazéns despontavam pelo Estado para estocar a produção. 

Em Esteio, a Samrig (Sociedade Anônima Moinhos Rio Grandenses) instala o que seria, na época, o maior parque industrial de processamento de soja da América do Sul. Em outra reportagem do jornal, de novembro de 1969, lê-se o título: “É gaúcha a primeira fábrica de proteína isolada de soja”. A primeira da América Latina no gênero. 

A expansão exigiu modernização. O campo deixou de lado o arado para usar tratores, técnicas e equipamentos agrícolas mais modernos. Nesse contexto foi criada, por Getúlio Vargas, a CBN – Companhia Brasileira de Tratores, que chegou na esteira dessas inovações. 

O avanço das novas tecnologias não se limitou à terra. Também a pecuária precisou melhorar as práticas de manejo e buscar soluções tecnológicas para o aprimoramento do rebanho e tratar das tantas doenças que acometiam os animais. Hoje, com vacinação regular, controle de pragas, higienização e alimentação correta, as epizootias são cada vez menos frequentes. 

Associar tecnologia de ponta ao campo deixou de ser um exercício futurista. Uso de drones agrícolas, tratores autônomos, Internet 4G, softwares e aplicativos de gestão, GPS, wireless, nanotecnologia... provam que o agro entrou, definitivamente, na era Tec. 


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