Bancos oferecem mais alternativas de crédito e condições especiais na Expodireto

Bancos oferecem mais alternativas de crédito e condições especiais na Expodireto

Bancos reforçam equipes que levarão a Não-Me-Toque, criam linhas com recursos próprios e facilitam o fechamento de contratos com operações pré-aprovada

Taís Teixeira

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O produtor que pretende comprar na Expodireto vai encontrar mais alternativas de crédito. Além de repassar as linhas do BNDES, como a já tradicional Moderfrota e a BNDES Crédito Rural, que será aberta em 3 de março com disponibilidade total de R$ 1,5 bilhão, os bancos criaram algumas linhas com recursos próprios que diversificam as opções para quem estiver fechando negócios vinculados a financiamentos. Todos os bancos admitem que têm condições de cobrir a demanda, mesmo que ela se torne maior que os valores que anunciam como referência para a feira. A ressalva é para algumas linhas do BNDES que estão suspensas, como as do Pronamp, Pronaf, Moderagro, Inovagro e Moderinfra, conforme o site da instituição. 

Inicialmente, o Banrisul vai disponibilizar R$ 350 milhões para a Expodireto, na qual também apresentará o programa Agroinveste. Segundo o superintendente executivo de crédito de agronegócio, Robson Oliveira Santos, a linha tem um diferencial. “O objetivo é favorecer a compra de toda a gama de tecnologia 4.0, como drones, sensores e softwares de gestão, entre outros”, afirma. Dos recursos próprios da instituição, R$ 30 milhões vão para o Pronaf, com taxas entre 3% e 4,6%, e para os produtores médios. Outra novidade é que 35 mil produtores já estão com o crédito aprovado. O superintendente de expansão de agronegócio, Odir Antônio Zalamena, revela que este número dobrou em relação ao ano passado. “Desde janeiro, estamos trabalhando junto às revendas e às concessionárias para dar mais agilidade aos financiamentos durante a feira”, pontua.

Valores Repetidos

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) repete o valor de 2019, de R$ 200 milhões. O gerente de planejamento, Alexander Leitzke, explica que o investimento pode ser feito com taxa indexada (Selic, TLP, IPCA). “O produtor tem mais autonomia e não precisa ficar esperando pelo Plano Safra, pode comprar no momento em que precisa a uma taxa variável”, afirma. “Hoje, com a Selic a 4,25%, a menor taxa está a 7%, sendo menor por exemplo que a taxa Moderfrota”, salienta.

O Badesul oferece R$ 100 milhões de crédito. A presidente da instituição, Jeanette Lontra, diz que o objetivo é atrair clientes tradicionais e novos. “O Badesul vai dar isenção de taxa de análise sobre o financiamento, que é de 0,8%, e é cobrada uma vez”, ressalta. Outra condição especial é para as operações de crédito em equipamentos isolados. Nesses casos, a garantia é apenas a alienação fiduciária e o prazo é de sete anos de amortização, sem carência.

Com foco na agricultura familiar, o Sicredi conta com R$ 220 milhões, o mesmo valor da edição passada, para a largada da exposição. Segundo o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, esse recurso é proveniente da poupança dos cooperados. “Nesse ano, vamos usar a Poupança Rural com preços e taxas equiparadas às do BNDES. É como se fosse a linha do BNDES, mas é a poupança rural”, explica.

O Banco do Brasil vai realizar simulações de seguro, além de oferecer linhas de financiamento. O superintendente estadual, Everton Kapfenberger, afirma que linhas como Moderfrota, Pronamp e Pronaf poderão ser custeados com recursos próprios. “Além desses programas, vamos levar o Investe Agro, que financia o que não pode ser comprado pelo Moderfrota, como linha amarela, drones e equipamentos para agricultura de precisão”, destaca. O prazo, neste caso, é de seis a oito anos, e taxas de 8,5% e 9%.


Correio do Povo
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