Estiagem afeta vendas de máquinas e implementos agrícolas na Expodireto

Estiagem afeta vendas de máquinas e implementos agrícolas na Expodireto

Dirigente do setor classificou resultado na feira como "pontual"

Chico Izidro

Dirigente do setor classificou resultado na feira como "pontual"

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A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA/ABIMAQ) divulgou, nesta sexta-feira, um balanço com os resultados das vendas da 21ª Expodireto Cotrijal. O levantamento mostrou uma queda nos negócios em relação ao registrado no ano passado. De acordo com o presidente da entidade, Pedro Estevão Bastos, o resultado pode ser explicado por causa da estiagem que atingiu a região Sul neste ano.

Conforme o levantamento, as intenções de compra de máquinas para grãos caíram 18%, em relação a 2019. No segmento da armazenagem, a queda foi de 4%. O único segmento que registrou aumento foi o de máquinas para pecuária, com crescimento de 7%. "Na média ponderada, a queda foi de 14%", destacou Bastos.

O dirigente afirmou, no entanto, que a perspectiva de vendas de máquinas agrícolas para este ano permanecem otimistas. "A previsão é de aumento de 7% nas vendas. O resultado na Expodireto foi pontual e as outras regiões que não sofrem com a estiagem seguem com ótimos fundamentos financeiros e econômicos. Quantos aos efeitos do Covid-19, não temos dados suficientes para estimar seus efeitos nas vendas das máquinas agrícolas", finalizou Bastos.

Otimista, a produtora rural de Entre-Ijuís, Janina Teikowski, compareceu no último dia da Expodireto para comprar um trator e pulverizador. "Nossa região está iniciando a colheita e o pessoal está preocupado com a estiagem. Torcemos para que as chuvas voltem logo para não travar os negócios. Enquanto ela não retorna, temos de achar uma maneira de tentar superar a crise", disgnosticou ela. "O agronegócio não pode parar, senão quebra o Brasil", sentenciou. "Vim aqui e estou avaliando e vendo a proposta para adquirir o que quero", disse.

Ela estava sendo atendida por Neveton Martins, consultor de vendas da SLC Máquinas, concessionária da John Deere em Santo Ângelo. "Hoje (sexta-feira) está sendo um dia mais calmo em relação aos anteriores. E sendo o último dia, é dia do cliente diferenciado, que vem comprar ou pedir esclarecimentos sobre as máquinas", afirmou. "Ele quer mais atenção, é um cliente com vontade de ver algo novo, fazer negócio", disse Martins sobre o público que recebe. 


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