Negócios com máquinas agrícolas tendem a avançar 10%

Negócios com máquinas agrícolas tendem a avançar 10%

Levantamento das intenções de compras será conhecido nesta sexta-feira na Expodireto

Danton Júnior e Carmelito Bifano

Rafael Giacomine e o pai, Ivanir, investiram em um pulverizador

publicidade

A alta registrada nos últimos dias pelo preço da soja, que chegou próximo de R$ 80 no Porto de Rio Grande, deixou otimistas empresários do setor de máquinas agrícolas. A expectativa é de que o setor confirme as projeções de alta nas vendas da Expodireto Cotrijal, que se encerra nesta sexta-feira, em Não-Me-Toque. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, acredita que será possível alcançar um crescimento de 10%, o que considera um excelente resultado. "Estamos conseguindo descolar a economia da política", observou.

Os números das intenções de compra deve ser divulgado no final da tarde de hoje pela Cotrijal, durante o último dia da feira. “O agricultor estava guardando a soja para vender com um preço melhor e com o problema de estiagem na Argentina, deve vender e ir as compras”, complementa Bier. “Pelo que estamos notando e pelo movimento, há um otimismo interessante na feira e ele está ocorrendo entre os pequenos, médios e grandes agricultores”, revelou presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos.

O agricultor Rafael Giacomine e o pai Ivanir, de Campo Erê, Oeste de Santa Catarina, visitaram a Expodireto na segunda-feira para analisar as opções de máquinas e financiamentos e, nesta quinta-feira, optaram por fechar um contrato na modalidade Moderfrota, com taxas de juros a partir de 7,5% ao ano, para adquirir um pulverizador. “Mesmo com os juros um pouco alto, optamos pela compra, pois tínhamos a necessidade e precisávamos de um equipamento como esse para melhorar a produtividade”, revelou Rafael Giacomine.

O produtor Vilson Luiz Pinto, produtor do município de Chapada, demonstra também otimismo na sua produção e foi até a Expodireto para comprar um trator. “Pesquisamos preço, qualidade e facilidade para trabalhar com o maquinário. Temos que nos modernizar”, revelou o pecuarista que trabalha com leite. Entretanto, outros produtores demonstram preocupação com as taxas de financiamento para os agricultores, que está mais alta que a Selic. “Se não negociarmos na feira, vamos esperar um pouco mais até que baixe os juros, pois ele sacrifica a renda do trabalhador, então, temos que pensar duas vezes e não pode fazer negócios quando eles estão altos”, revelou Ivo de Souza Batista, de São Luiz Gonzaga.

Na quinta-feira, no penúltimo dia da Expodireto, 71,5 mil pessoas passaram pelo Parque da Cotrijal. número 8% superior ao ano passado. Desde a segunda-feira, 220 mil pessoas visitaram a exposição, que se encerra hoje, às 18h.





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895