Produtores comemoram selo do Susaf

Produtores comemoram selo do Susaf

Sistema de inspeção, simplificado no ano passado, facilitou adesão de agroindústrias

Carmelito Bifano

Para Edemir Francisco Valsoler, de Joia, o Susaf vai permitir ampliação de seu negócio de queijos e sorvetes

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A nova normatização do Sistema Unificado Estadual de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, o Susaf, publicada em agosto passado, proporcionou a diversas empresas familiares do Estado comercializar os seus produtos com o selo de garantia na Expodireto. A desburocratização para a liberação do documento é comemorada pelos produtores, pois permitirá que eles vendam além dos limites dos seus municípios e, desta forma, consigam ampliar os negócios.

“A expectativa é de que participemos das chamadas públicas para escolas, presídios e quartéis de outros municípios, que consigamos expor e colocar o nosso produto, que é de qualidade e feito com muito amor e carinho, para o consumidor ficar satisfeito”, revelou Edemir Francisco Valsoler, 53 anos, proprietário da agroindústria Camponês, de Joia. Valsoler pretende reunir outras indústrias da sua região para ganhar espaço nos mercados e ter maior visibilidade para os queijos e sorvetes que vende, além de oferecer uma maior variedade. “Vamos ampliar e contratar mais mão de obra, pois só a família não vai dar conta, então esse é o desafio após conseguirmos o Susaf”, ressaltou o empreendedor.

Olivar Araldi, de 54 anos, proprietário da empresa Embutidos Araldi, de Sarandi, especialista na produção de salames e copas, também comemorou a desburocratização do Susaf. “Recebemos a liberação na última semana, imprimimos os rótulos com o símbolo do Susaf e viajamos para a feira”, declarou.

A Fetag-RS comemora também os avanços alcançados com a nova regulamentação, já que a lei de oito anos atrás havia conseguido cadastrar 30 municípios do Estado e, com as regras de agora, em pouco mais de cinco meses, 50 prefeituras aderiram. Depois de ingressaram no Susaf, os Executivos municipais indicam os empreendimentos aptos a estarem no sistema.

“Precisamos aprimorar a comunicação da legislação para os municípios e, através dos sindicatos e da Famurs, fazer com que ela chegue o mais rápido possível na ponta para que os municípios tomem conhecimento”, afirmou Jocimar Rabaioli, assessor de Política Agrícola e Agroindústria da Fetag.

A federação também destaca a necessidade de que a Emater dê assistência técnica para aqueles que tenham o interesse de entrar no Susaf. A Fetag pretende se reunir com o governo do Estado para tratar de algumas reclamações a respeito de documentações que estão sendo exigidas, mas não constam na norma.


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