Produtos coloniais chamam atenção de visitantes em pavilhão da Expodireto

Produtos coloniais chamam atenção de visitantes em pavilhão da Expodireto

Geleias, pães, cucas, vinhos, queijos e embutidos são oferecidos em local destinado à Agricultura Familiar

Correio do Povo

Produtos coloniais chamam a atenção de visitantes da Expodireto

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O Pavilhão da Agricultura Familiar na Expodireto Cotrijal tem sido um dos locais mais movimentado da feira, com muitos visitantes percorrendo seus corredores. Alguns tiveram a oportunidade de participar de uma degustação e análise sensorial de geleias, chimias e doces produzidos e expostos no evento. Foram 50 degustadores, cada um deles provou entre 10 e 11 amostras, de um total de 24. 

Os provadores foram selecionados de forma aleatória, não treinados e as avaliações ocorreram às cegas, sem a possibilidade de identificação do estabelecimento. “O objetivo é determinar o nível de aceitação destes doces pastosos produzidos pelas agroindústrias do Programa Estadual da Agroindústria Familiar (Peaf) e ser uma ferramenta de desenvolvimento e aprimoramento destes produtos”, afirmou Vilmar Wruch Leitzke, extensionista rural da Emater, conveniada da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

A aposentada Rosalina Rech, de Estação, aprovou a ideia e foi uma das provadoras das geleias. “Estes produtos feitos na colônia são ótimos. Gostei especialmente da geleia de cana-de- açúcar”, destacou. Outra participante foi Hildegard Arnold, também de Estação. “Aprovei os testes. Achei muito boas as geleias de uva e de cana-de-açúcar. Mas não gostei da de cebolinha, muito amarga”, disse ela, que frequenta a feira há três anos.

Nas bancas, Cristine Savadinscky, da Panificadora Savadinscky, disse que a empresa familiar fabrica pães, bolachas, embutidos e cucas, que são o grande “xodó” dos visitantes. “As pessoas procuram muito as cucas. É o que mais sai, aqui e nas outras bancas”, destacou. Porém ela disse que, devido à estiagem, as vendas estão um pouco abaixo das do ano passado. 

As cucas também são o destaque da banca Kolonieblackhaus, de Salvador do Sul, contou a responsável pelo estande, Beatriz Meurer. “Os nossos produtos têm um diferencial, que é a produção feita em forno à lenha, mantendo a tradição alemã”, destacou. Além das cucas, o que tem sido bastante procurado são as geleias, informou Arlete Pellegrini, da Casa do Sabor, de Paraí, que também comercializa sucos de uvas. “Temos uma linha de geleia gourmet que é bastante pedida. E hoje em dia as pessoas gostam muito dos produtos sem açúcar, principalmente as mulheres”, contou. 

A mesma visão não possui Moacir Gonzatti, da Vinícola Locatelli, de Vista Gaúcha. A empresa é especialista em vinhos e sucos de uva. “Infelizmente, por causa da crise provocada pela estiagem, as pessoas mais olham do que compram. O pessoal está se precavendo”, disse. Ademir Bruismann, da Hammes Alimentos, de Arroio do Meio, que vende embutidos, constatou que o primeiro dia (segunda-feira) foi fraco, mas desde terça-feira a comercialização engrenou. “Em dois dias dobramos as vendas. Só na terça-feira vendi para mais de 150 pessoas”, alegrou-se.

“Eu venho todos os anos, dou uma volta rápida no maquinário, mas gosto mesmo deste ambiente aqui, da Agricultura Familiar”, revelou Dionísio Waszczuk, de Getúlio Vargas. “Só hoje (ontem) comprei cucas, sucos e derivados de amendoim.” Por sua vez, Cleudes Schenatto, de Erechim, também visitante frequente, fez vários compras, desde queijo, salames, cucas e charque. “A feira está cada vez mais diversificada e bonita”, elogiou. 

 

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