Setor agropecuário se mobiliza pela prorrogação do convênio que reduz ICMS sobre insumos

Setor agropecuário se mobiliza pela prorrogação do convênio que reduz ICMS sobre insumos

Pauta deverá ser discutida nas próximas semanas no Conselho Nacional de Política Fazendária

Cíntia Marchi

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O setor agropecuário no Rio Grande do Sul se mobiliza pela prorrogação do Convênio 100, de 1997, que reduz a base de cálculo do ICMS sobre os insumos agropecuários nas operações interestaduais. O assunto está em análise no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e vence em 30 de abril. Se não for renovado, gerará grande impacto nos custos de produção. Um grupo de entidades, entre elas Farsul e Fetag, estiveram nos últimos dias com o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Santos Cardoso, que tem um voto no Confaz, para abordar os problemas que a revogação implicaria. “Se o convênio não continuar, tiraria qualquer tipo de margem de lucro da agricultura”, alertou o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, que esteve nesta quinta-feira na casa do Correio do Povo/Grupo Record RS na Expodireto Cotrijal. Ele disse que os riscos apresentados pelo fim do Convênio 100 se somam a outros como a possibilidade de queda da Lei Kandir e a cobrança pela água.

Segundo estudo feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), caso o Convênio 100 não seja prorrogado iria ampliar, em média, em 4% o custo operacional efetivo (COE) sobre a cultura do arroz, em 8,47% o custo do milho, em 9,52% o COE da soja e em 14,29% o custo do semiconfinamento do rebanho leiteiro, no Rio Grande do Sul.

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, diz que, primeiro, precisa haver a prorrogação no Confaz e depois assinatura do decreto pelo governador Eduardo Leite. A Secretaria da Fazenda informou que o assunto deve ser rediscutido nos próximos 20 dias no Confaz. O secretário da Agricultura, Covatti Filho, defende que o Estado, já em crise, não coloque mais este peso tributário sobre o agronegócio que gera resultado econômico positivo.


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