Sindicalc prevê que Rio Grande do Sul poderia dobrar consumo de calcário
Presidente Zamberlan ressalta que produtor prefere insumos caros e esquece do produto barato e gaúcho
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Zamberlan observa que o produtor investe em fertilizantes, mas poderia ter resultados significativos com o calcário. “Nosso produtor usa metade do calcário recomendado. Se ele quiser aumentar a produtividade com baixo custo, o calcário é a primeira providência. Enquanto a tonelada do fertilizante custa R$ 1,3 mil, a do calcário é R$ 60”, diz. Segundo Zamberlan, o produto é o de menor custo na produção agrícola. “O produtor uso o insumo caro e esquece do que é nosso, é gaúcho e bem mais barato”, compara.
Conforme o presidente, a produção agrícola na metade Norte do Estado foi alavancada pelo uso do insumo. “O calcário foi responsável pela redenção da metade Norte, que tinha solo extremamente ácido”, recorda.
O presidente salienta que a utilização recomendada dos níveis de calcário garante o aumento de produtividade. Com o manejo de solo adequado, a rentabilidade da soja gaúcha, que é de 48 sacas por hectare, pode atingir 100 sacas. “Desejamos altíssima produtividade, mas fizemos um apelo para que o produtor use os níveis recomendados pelos agrônomos. Quando usar o que é recomendado, imaginem o potencial que pode alcançar”, afirma.
Zamberlan cita que o insumo é fundamental para o manejo e descompactação do solo. “É um macronutriente secundário, fornecedor de cálcio e magnésio. Ninguém faz lavoura sem corrigir o solo”, afirma. O presidente observa, ainda, que o calcário não enfrenta problema para armazenagem. “O insumo pode ficar exposto. Não estraga por ficar no tempo. É uma rocha com mais de 300 milhões de anos”, diz.