Ano de 1999 é marcado pela feira mais tensa
22ª Expointer sofreu ameaças de boicote por pecuaristas
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O acordo prorrogou até 2002 a parceria do Estado com a Farsul para a organização conjunta da Expointer. A federação concordou em prestar contas do convênio à Secretaria da Agricultura e o governo se comprometeu a regularizar a situação das benfeitorias construídas pelas entidades no parque. “Todos ganharam com o entendimento”, comentou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, ao Correio do Povo.
Aquele ano se tornou o primeiro da Feira de Agricultura Familiar na Expointer, com a participação inicial de 30 expositores. Olívio Dutra festejou o fato de a Expointer ter deixado de ser “exclusividade” de grandes agricultores e pecuaristas. “Nós abrimos a Expointer para os pequenos e médios produtores, para o empreendimento familiar”, disse o governador. Olívio reafirmou na época o compromisso de seu governo de incentivar a produção primária e disse que alguma contestação era esperada. “São reações normais quando se contrariam interesses. Confirmam o acerto da política de governo. A Expointer é propriedade de todos, não de um único órgão”, declarou.
O então presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Heitor Schuch, em discurso feito na solenidade de abertura, destacou que a agricultura familiar vinha sendo esquecida pelos governos, “embretada” entre dois polos antagônicos: o dos grandes produtores e o dos sem-terra. “A agricultura familiar é encarada como sinônimo de miséria e pobreza, mesmo produzindo 75% dos alimentos consumidos no país”, disse.
A 22ª Expointer teve sua duração prolongada por dois dias, indo de 28 de agosto a 7 de setembro, para dar tempo à entrada dos 5.297 animais inscritos. O público visitante chegou a 276 mil pessoas.