Entidades lamentam demora na apresentação de soluções para crise no arroz
Ministra Tereza Cristina esteve na Expointer nesta quinta-feira, mas adiou anúncio de ajuda para o setor
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A demora, por porte de governo federal, em apresentar uma solução para o arroz gerou críticas de entidades. Nesta quinta-feira, a ministra da Agricultura Tereza Cristina esteve em agenda na Expointer e contrariando a expectativa dos produtores, adiou o anúncio sobre um possível plano para minimizar o endividamento do setor.
Na segunda-feira, a Federarroz e o Irga anunciaram que a área plantada irá recuar de 5% a 10% na próxima safra de verão na comparação com o 1.000.605 de hectares cultivados no ciclo anterior.
Para o presidente Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, o setor sai frustrado. “Precisamos de medidas urgentes tanto para o arroz quanto para o leite. Não dá mais para esperar, a lavoura arrozeira tem que ser plantada daqui uns dias”, lamenta Silva.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, disse entender que há sensibilização por parte da ministra e acrescenta que, além dos problemas das dívidas, é necessário que o governo se envolva na expansão de mercados externos. “Não dá para a gente ficar dependendo de mercados instáveis, como Venezuela e Cuba”, pontua Velho.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, lembrou à ministra a contribuição do agronegócio para a balança comercial brasileira e a importância de acessar novos países compradores. “Em breve chegaremos a 300 milhões de toneladas de grãos e precisamos continuar achando mercados”.