Expositores comemoram retorno de público no Pavilhão da Agricultura Familiar

Expositores comemoram retorno de público no Pavilhão da Agricultura Familiar

Apenas no sábado, vendas totais ultrapassaram R$ 200 mil

Patrícia Feiten

Pavilhão da Agricultura Familiar tem 210 estandes neste ano, reunindo 228 empreendimentos dos setores de alimentos e artesanato

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Após uma edição da Expointer em que funcionou apenas no modelo drive-thru, o Pavilhão da Agricultura Familiar voltou a receber visitantes comprovando o forte apelo dos produtos de pequenas e médias agroindústrias. Mesmo com o controle de público – limitado a 800 pessoas ao mesmo tempo – e as restrições sanitárias no local, expositores estavam satisfeitos com o balançodo primeiro final de semana do evento.

Com 7 mil metros quadrados, o pavilhão tem 210 estandes neste ano, reunindo 228 empreendimentos dos setores de alimentos e artesanato. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), apenas no sábado as vendas totais chegaram a R$ 201,9 mil.

Vindo do município de Barão, o casal Rogerio Negrello e Marcia Raimondi participa da Expointer há 20 anos e surpreendeu-se com o movimento em seu estande, onde expõe oito tipos de frutas cristalizadas, como laranja e abóbora. “A gente não veio com estoque (extra), sabendo do limite de público, mas vemos que o cliente que conquistamos está chegando. A venda está boa, já consideramos a hipótese de faltar produto”, disse Negrello.

Acesso ao pavilhão é controlado e ocupação máxima é de 800 pessoas | Foto: Mauro Schaefer

Quem também estava animado com as vendas era o empreendedor Auri Flâmia, proprietário da Piccola Cantina, agroindústria de vinho colonial de Bento Gonçalves. Inaugurada em 2018, a empresa foi primeira a receber o certificado de registro para vender seus produtos em feiras. A impossibilidade de degustar as bebidas da marca não impediu os negócios, disse Flâmia, que trouxe para o evento mil garrafas de vinho e 800 de suco de uva. “Muitos pedem para degustar, não levam porque não conhecem o produto. Mas, dos que levaram, muitos hoje vieram pegar de novo porque gostaram do vinho”, comemorou.

Além de expositores de 126 municípios gaúchos, o pavilhão tem participantes do Amapá, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O empreendedor Aparecido Alves de Souza é um dos 10 associados da Cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros, no norte mineiro. A marca trouxe para a feira itens como farinha de mandioca, açúcar mascavo e polpa de pequi. “Trabalhamos com frutos do cerrado e produtos de agricultura familiar. É nossa terceira vez na Expointer, trocando experiência com o Sul. Queremos divulgar o que a gente faz e abrir outros canais de mercado”, disse Souza.

Entre os visitantes que circularam pelo pavilhão neste domingo, Vanessa Perez, moradora de Eldorado do Sul, comprou queijos, salames, geleias, café e flores. “Venho todos os anos, para encontrar amigos, ver os animais e, principalmente, passear e fazer compras na agricultura familiar”, disse.


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