Farsul avalia a Expointer 2018 como magnífica
Impasse com presidenciável Ciro Gomes ainda repercute no Parque de Exposições Assis Brasil
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Gedeão afirmou que entre os principais mercados dos quais o Brasil importa carne de qualidade são justamente os vizinhos do Mercosul, com destaque para o crescimento do Paraguai no cenário externo agropecuário. Na sua avaliação, o Brasil tem plenas condições de investir em qualidade, através da genética e dos programas de certificação, para ocupar uma fatia do mercado que hoje é suprida por outros países do continente. "Nosso produto tem qualidade, mas precisamos saber vender para o mercado externo", frisou Gedeão, acrescentando que o país não está conseguindo entrar no mercado gourmet justamente porque não tem a certificação.
O dirigente da Farsul ainda evidenciou a necessidade de pesados investimentos para eliminar os gargalos que emperram a cadeia produtiva. Segundo ele, é preciso duplicar as BRs 116 e 290 e retirar para a retirada de 3,5 milhões de m³ de sedimentos no porto de Rio Grande. "Acho fundamental que Farsul, Fiergs e Fecomércio estejam unidas na direção da abertura de vias de mão dupla com grandes mercados do mundo, especialmente a Ásia", frisou. O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, por sua vez, revelou que a área de pecuária movimentou 4% a menos em relação à Expointer 2017. "O setor movimentou R$ 10,2 milhões em 2018 contra R$ 10,6 milhões no ano passado", quantificou ele, acrescentando que o cavalo crioulo foi o carro-chefe das vendas.
Subsídios
A afirmação do presidenciável Ciro Gomes que, em sua visita à Casa Farsul, disse que o setor primário recebe incentivos fiscais de R$ 158 bilhões segue repercutindo entre as lideranças. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, afirmou que o governo não empresta mais dinheiro para a agricultura. Segundo ele, atualmente, de acordo com a Resolução 4.669 do Banco Central, os bancos podem destinar para crédito rural 30% de seus depósitos à vista. "Logo, a primeira fonte de recursos do crédito rural são os recursos depositados nos bancos e não recursos do governo", explicou.
A afirmação do presidenciável Ciro Gomes que, em sua visita à Casa Farsul, disse que o setor primário recebe incentivos fiscais de R$ 158 bilhões segue repercutindo entre as lideranças. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, afirmou que o governo não empresta mais dinheiro para a agricultura. Segundo ele, atualmente, de acordo com a Resolução 4.669 do Banco Central, os bancos podem destinar para crédito rural 30% de seus depósitos à vista. "Logo, a primeira fonte de recursos do crédito rural são os recursos depositados nos bancos e não recursos do governo", explicou.
A segunda fonte, conforme Luz, são os depósitos em poupança. A Resolução 4.614 do Banco Central estabelece que as instituições financeiras oficiais e cooperativas de crédito podem direcionar 60% dos depósitos para o crédito rural. A terceira fonte são os recursos livres - outros valores que os bancos podem emprestar aos produtores, sem juro controlado. Lembrou que, em 2017, o governo federal gastou R$ 2,79 trilhões e o orçamento da agricultura correspondeu a 0,64% do gasto público. "Com o Programa Bolsa Família o Brasil gasta R$ 29,04 bilhões. Para cada real gasto com a agricultura, o governo destina R$ 1,89 para esse programa", comparou. "Além do valor ser extremamente baixo, sobretudo em comparação com nossos concorrentes, ele é ainda muito mal empregado, já que muito desses recursos ficam com atividades meio", completou.