Hambúrgueres gourmet ganham destaque na 40ª Expointer

Hambúrgueres gourmet ganham destaque na 40ª Expointer

Associações e núcleos de gado de corte têm promovido atividades com aproveitamento da carne bovina

Fernanda Bassôa

Chef Brazzuca diz que carne de boa qualidade é o segredo do hambúrguer

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Os hambúrgueres gourmet, tendência mundial, ganharam destaque na 40ª Expointer não apenas pela quantidade de food trucks, restaurantes e lancherias da feira adaptadas a essa nova “sensação”, mas também pela movimentação de associações e núcleos de gado de corte que têm promovido e estimulado uma série de atividades com aproveitamento da carne bovina para a produção do lanche. São peças que hoje ganham destaque e sabor ao lado de queijos brancos e coloniais, maioneses e pães caseiros.

O chef gaúcho que vive em São Paulo Marcos Livi, vencedor da Batalha do Hambúrguer promovida pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) durante a exposição, desbancou outros quatro concorrentes com a criação de um “blend” – mescla de vazio, maminha e chorizo. “A escolha da peça, da raça, do corte, muda completamente o sabor” disse. Fernando Brazzuca, também gaúcho, iniciou na cozinha fazendo hambúrgueres em Portugal. Ele confessou que os seus preferidos são de carne de granito (peito da vaca) ou de costela. “Com certeza o segredo do hambúrguer está todo na carne, pois é ela que vai dar o sabor”, revelou.

O chefe executivo da Associação Brasileira de Hereford e Braford, Fernando Lopa, jurado e um dos idealizadores do evento, lembrou que o mercado exige hoje carnes saborosas, macias e suculentas. “As pessoas estão deixando de lado o fast-food para consumir algo diferenciado”, avaliou. O gerente do Programa de Carnes Angus, Fábio Medeiros, que desde 2010 aposta no hambúrguer gourmet, afirmou que o mercado tem fomento fantástico e está valorizando o corte dianteiro do animal.

Para o coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro), Júlio Barcellos, a gourmetização do hambúrguer alçou o corte dianteiro a outro patamar. “Músculos do dianteiro eram partes que ninguém queria”, explicou o professor, completando que para se chegar no aproveitamento de hoje houve rigoroso processo de seleção, acabamento e retirada dos tendões da carne vendida para este fim.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895