Linhas do Plano Safra 2020/2021 não receberão novos recursos

Linhas do Plano Safra 2020/2021 não receberão novos recursos

Ministério da Agricultura avalia possibilidade de esgotamento precoce dos valores e o desempenho das contratações

Cíntia Marchi

publicidade

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou ontem que, apesar da alta demanda por crédito rural em todos os programas de investimento do Plano Safra 2020/2021, “não se vislumbra possibilidade de remanejamentos” de recursos. Segundo o órgão, a possibilidade de esgotamento precoce dos valores e o desempenho das contratações são objetos de análises, mas a suplementação não está em discussão.

A informação foi dada após o BNDES ter emitido um aviso às instituições financeiras de que está suspenso, desde o último dia 9, o protocolo de pedidos de financiamento no âmbito do Moderagro, programa usado para financiar projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários e ações de recuperação do solo e de defesa animal. Segundo o banco, o motivo é o nível de comprometimento dos recursos disponíveis para esta linha. O Plano Safra, que entrou em vigência em julho e segue atendendo os produtores até junho de 2021, havia disponibilizado R$ 1,45 bilhão para o Moderagro. Na semana passada, o Mapa havia divulgado que o valor contratado deste programa chegou a R$ 658 milhões em setembro.

Além do Moderagro, também já há suspensão de pedidos de financiamento no Inovagro (voltado para projetos de inovações tecnológicas nas propriedades), no Pronamp (que atende médios produtores) e em algumas linhas do Pronaf (voltado aos agricultores familiares). Em nota, o Mapa afirmou que, embora tenha autorizado, em média, 30% a mais de recursos nos programas de investimentos em relação à safra passada, a demanda de julho até o momento superou, em alguns programas, as contratações ocorridas no decorrer de todo o ano-safra 2019/2020, traduzindo “o bom momento pelo qual atravessa a agricultura brasileira e as expectativas positivas para o médio e longo prazos.”


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895