Milho abre novo horizonte ao Rio Grande do Sul

Milho abre novo horizonte ao Rio Grande do Sul

Boas perspectivas produtivas e financeiras para o cultivo do milho estão baseadas na ampliação das importações do grão pela China

Camila Pessoa*

Segundo Da Luz, importações da China cresceram 324 vezes entre 2000 e 2022

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O potencial ainda inexplorado do Rio Grande do Sul no cultivo do milho é uma forte alternativa para rentabilizar as propriedades agrícolas e pecuárias, abrindo novos horizontes para a atividade primária gaúcha. Essas foram ideias defendidas, nesta terça-feira, na segunda edição do Seminário Duas Safras, realizado pelo Senar-RS em Porto Alegre, com participação de especialista como o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio Da Luz, e pelo coordenador da Câmara Setorial do Trigo da Secretaria da Agricultura (SEAPDR), Tarcísio Minetto.

As boas perspectivas produtivas e financeiras para o cultivo do milho estão baseadas na ampliação das importações do grão pela China, que cresceram 324 vezes entre 2000 e 2022. “Está acontecendo com o milho o que aconteceu com a soja”, afirmou Da Luz. De acordo com o especialista, considerando uma produção de 180 sacas por hectare, a receita do milho é 20% superior à do arroz, com custos de produção 26% menores. Além disso, segundo estudos da Farsul, a margem de lucro do milho é 355% maior que a da soja.

O diretor de Relações Institucionais para a América Latina da Corteva Agriscience, Augusto Moraes, ressaltou que, em 800 mil hectares, o Estado produz cerca de 4 milhões de toneladas de milho, ante um consumo de 8 milhões de toneladas. “Ao olhar para a soja como uma oportunidade, o produtor esqueceu da cultura do milho”, comentou.

*Sob supervisão de Thaise Teixeira


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895