Preços dos bovinos podem subir

Preços dos bovinos podem subir

Avaliação é do professor Júlio Barcellos, coordenador do NESPro, primeiro entrevistado da série Agro CP

Danton Júnior

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Os preços da pecuária bovina, que vivem um período de elevação no país, ainda não chegaram num teto, segundo o professor Júlio Barcellos, coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Ufrgs. Ele foi o primeiro entrevistado do Agro CP, o programa de entrevistas da editoria de Rural do Correio do Povo, que estreou nesta segunda-feira nas redes sociais do jornal na internet.

“Acredito que até o final de setembro teremos 10% a 20% de majoração em relação ao preço de hoje”, afirmou Barcellos. Entre os fatores que mantêm o preço aquecido estão a crescente demanda internacional e a retomada na economia do país. O pagamento do auxílio emergencial, que está em sua segunda fase, tem sido um elemento importante de estímulo ao consumo de carne, segundo o professor. “Quando sai uma das parcelas, há um pico de consumo”, observa.

Um dos efeitos deste cenário é o aumento no consumo de carnes que antes eram consideradas “de segunda”, incluindo os cortes do dianteiro bovino. “Essas carnes estão sendo demandadas por essa classe que está recebendo o auxílio emergencial”, observou. Ao mesmo tempo, Barcellos destacou que há uma crescente melhoria na qualidade destas carnes, que passaram a ser demandadas inclusive pelo mercado gourmet. A entrevista completa pode ser conferida no YouTube do Correio do Povo.

 


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