Rio Grande do Sul é zona livre de febre aftosa sem vacinação

Rio Grande do Sul é zona livre de febre aftosa sem vacinação

Confirmação de status sanitário ocorreu no início da manhã, durante a 88ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris

Nereida Vergara

Ex-secretário Covatti Filho, ao centro, de camisa branca, recepcionou entidades e servidores para acompanharem na secretaria o anúncio da OIE

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Às 7h e 15 minutos desta quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou a concessão ao Rio Grande do Sul do certificado que reconhece o Estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O resultado foi manifestado no início da reunião plenária virtual da 88ª Assembleia Geral da OIE, em Paris. Também foram anunciados os certificados de evolução de status sanitário dos estados do Paraná, Rondônia, Acre e partes do Amazonas e do Mato Grosso. A assembleia da OIE foi acompanhada, em Brasília, pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e pela secretária de Agricultura, Silvana Covatti, junto com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. 

Em Porto Alegre, o ex-secretário da Agricultura, Covatti Filho, reuniu na sede da secretaria, entidades e servidores da pasta que participaram do processo de retirada da vacinação do rebanho bovino gaúcho, de cerca de 13 milhões de cabeças. Estiveram presentes os presidentes da Febrac, Leonardo Lamachia; do Fundesa, Rogério Kerber; do Sips, José Roberto Goulart, e da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador; assim como o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva; a superintendente regional do Ministério da Agricultura (Mapa), Helena Rugeri, e o ex-secretário e deputado estadual Ernani Polo.

"É gratificante chegar neste momento, porque construímos essa caminhada com transparência e com a participação de todos, das entidades que representam os produtores até os nossos servidores", recorda. O deputado federal diz também que houve um grande esforço por parte do governo estadual para alcançar a esta condição, respondendo prontamente aos problemas apontados na auditoria do Mapa e fazendo investimentos, estimados em R$ 10 milhões, na contratação de pessoal, aquisição de veículos e ajustes no sistema de inspeção sanitária, com reorganização das estruturas regionais.  

Mais tarde, o Ministério da Agricultura promove uma live comemorativa à concessão dos certificados, seguida de coletiva de imprensa. O Rio Grande do Sul e os Estados que tiveram o reconhecimento da OIE nesta quinta-feira, somam-se ao estado de Santa Catarina, zona livre de febre aftosa sem vacinação há 14 anos, completados no último dia 25.

A expectativa é de que, a partir de agora, a pecuária gaúcha conquiste novos mercados para a carne bovina, além de ampliar sua participação em mercados onde já está presente com a carne suína, para os quais poderá comercializar também os cortes com osso. O aumento estimado nas exportações, apenas considerando a suinocultura no Estado, é de  R$ 1,2 bilhão por ano.


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