Safra de grãos 2020/21 deve superar recorde anterior com 268,7 milhões de toneladas

Safra de grãos 2020/21 deve superar recorde anterior com 268,7 milhões de toneladas

Estimativa é que nova safra do Brasil aumente 4,2% sobre o recorde na safra anterior, que foi de 257,7 milhões de tonelada

Taís Teixeira

Estimativa mantém o Brasil como maior produtor de soja do mundo

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O 1º Levantamento da safra de grãos 2020/21 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira, apresentou a produção estimada em 268,7 milhões de toneladas, superando em cerca de 11 milhões de toneladas (+4,2%) o recorde de 257,7 milhões de toneladas da última safra. A área cultivada deve crescer em torno de 1,3%, ocupando 66,8 milhões de hectares.

A produção de soja é estimada em 133,7 milhões de toneladas e mantém o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa. A colheita total de milho deve chegar ao volume de 105,2 milhões de toneladas, também a maior da série histórica – aumento de 2,6% sobre a anterior. 

No Rio Grande do Sul, a área estimada, produtividade e produção devem aumentar em relação à safra anterior.  A área projetada deve aumentar em 0,4% passando de 9.013,9 milhões de hectares para 9.053,2 milhões de hectares. A produtividade indica alta de 34,9%, de 2.988 quilos para 4.030 quilos por hectare. A produção prevê crescimento de 35,5%, com 26.929,1 milhões toneladas para 36.483,5 milhões toneladas.

O Estado ainda não começou a semeadura de soja para a safra 2020/21. Quanto à intenção de cultivo, deve ser seguida a tendência dos últimos anos de aumento, principalmente pela abertura de novas áreas na competição com o arroz na faixa central do Estado. A semeadura do arroz começou favorecida pela ocorrência de dias secos em setembro. Até o momento, cerca de 8% foi semeado.

A semeadura avança no milho estimando-se que 61% da área prevista esteja concluída. Com níveis de chuva abaixo do normal em setembro, e a maior parte das regiões com umidade do solo, o plantio teve condições adequadas para o desenvolvimento vegetativo. As geadas ocorridas tanto em agosto quanto em setembro não causaram perdas significativas nas lavouras do cereal, já que estas plantas estavam ainda emergindo. A área para a safra atual foi acrescida em 2,1% em relação à safra anterior, chegando a 808 mil hectares.

A semeadura do feijão está evoluindo com destaque para as regiões Oeste, Planalto Médio e Alto Uruguai, que são as mais avançadas. Em média, 38% da área estimada estava cultivada até o fim de setembro. No geral, as lavouras estão em boas condições.

No trigo, o tempo tem oscilado ao longo do ciclo. A safra começou favorável, ainda que com certo atraso no plantio com bom desenvolvimento das lavouras. Porém, registros de geadas em algumas regiões do Estado, além de instabilidade nos índices pluviométricos, reduziram o potencial produtivo da cultura. Ainda assim, a produção deve ser superior à verificada em 2019. A média mensal foi de R$ 58,55 a saca de 60 quilos e a valorização de 2,68%.


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