Safra de inverno termina com recorde na produção de trigo

Safra de inverno termina com recorde na produção de trigo

Lavouras de canola, cevada e aveia branca também tiveram crescimento, segundo Emater

Danton Júnior

Produção de trigo é calculada em 3,406 milhões de toneladas

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A safra gaúcha de inverno apresentou crescimento nas quatro principais culturas da estação em 2021, com recorde na produção de trigo. A estimativa final do desempenho dos cultivos foi divulgada nesta segunda-feira, pela Emater, com incremento também na produção de canola, cevada e aveia branca. Embora a área plantada tenha crescido em relação à última safra, os números foram influenciados principalmente pelo aumento de produtividade.

Principal cultura de inverno, o trigo teve um aumento de área plantada de 23,4%, chegando a 1,117 milhão de hectares. A produção é calculada em 3,406 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 61,8% em relação ao ciclo 2020.  Até então, o recorde da série histórica pertencia à safra 2014. A produtividade das lavouras gaúchas teve um incremento de 30,7%, com 2,8 mil quilos por hectare.

O cultivo da canola obteve crescimento de 58,3% em produção, alcançando 53,5 mil toneladas, com destaque para as regiões de Santa Rosa e Ijuí. O desempenho foi puxado pela alta na produtividade, que cresceu 45,9%, chegando a 1,4 mil quilos por hectare. A área ficou em 37,6 mil hectares, um acréscimo de 8,5% em relação a 2020.

Na cevada, o crescimento na produção foi de 37,6%, totalizando 128 mil toneladas. Os maiores volumes foram colhidos nas regiões de Erechim, Frederico Westphalen e Passo Fundo. A produtividade também aumentou, em 29,4%, enquanto a área plantada cresceu 6,3%.

No caso da aveia branca, o aumento na produção chegou a 34,4%, com um total de 819 mil toneladas. A produtividade cresceu 27,5%, e a área, 5,2%. As regiões de Passo Fundo e Santa Rosa tiveram as maiores produções do Estado.

Segundo o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, os números foram influenciados pela boa rentabilidade obtida pelo produtor gaúcho na última safra de verão. "Com isso, ele conseguiu se planejar: fez a gestão econômica e visualizou nas culturas de inverno essa possibilidade de ampliar recursos", observa. Já as climáticas foram favoráveis, embora não tenham sido ideais, com um inverno seco, mas frio. 


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