Sindicato quer regulamentar uso de drones para aplicação de agroquímicos nas lavouras

Sindicato quer regulamentar uso de drones para aplicação de agroquímicos nas lavouras

Pulverização por aeronaves é regulamentada e uma legislação da Anac já estabelece o tamanho e quem pode operar

Cíntia Marchi

Campo Experimental da Embrapa recebe demonstrações durante esta semana na 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz

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O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) solicitou nesta semana à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a elaboração de legislação que permita a aplicação de agroquímicos nas lavouras com o uso de drones. O diretor executivo da entidade, Gabriel Colle, explica que a pulverização por aeronaves é regulamentada e uma legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já estabelece o tamanho dos drones e quem pode operá-los. “Só que não existem ainda leis para o uso dos drones para aplicação de produtos, por isso demandamos ao Ministério da Agricultura”, diz.

Na 29ª Abertura da Colheita do Arroz, um dos associados do Sindag, a empresa SkyAgri, tem feito demonstrações de voos com um drone que tem capacidade para transportar até 10 quilos de agroquímicos. Colle explica que o aparelho pode complementar trabalhos que os aviões não conseguem fazer, como pulverizar áreas pontuais ou terrenos próximos a residências. Além de apresentar a tecnologia, o Sindag recebe os produtores em seu estande para repassar informações sobre o uso das aeronaves. No Rio Grande do Sul, a cultura que mais utiliza a aviação é a do arroz, seguida pela soja e milho.

“Queremos quebrar um mito, porque os produtores, às vezes sem saber, criam uma ideia de que é um serviço caro”, diz o diretor executivo, ao lembrar que o uso das aeronaves para aplicação de agroquímicos é veloz e eficiente, além de ser o único regulamentado no país. Na quarta-feira, o Sindag apresentou números de sua frota durante a Abertura da Colheita. A aviação agrícola brasileira fechou 2018 com 2.194 aeronaves, registrando um crescimento de 79 aparelhos em relação a 2017. O Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior números de aeronaves, contando com 427 aviões, atrás somente do Mato Grosso. Em 2018, no entanto, o Estado não registrou aumento da frota. O incremento foi observado no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará e Maranhão.


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