Sonda da Nasa encontra evidência de água em asteroide
Bennu é um fragmento remanescente da formação do sistema solar
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Bennu, que tem um diâmetro de 492 metros, é pequeno demais para abrigar água líquida, mas a equipe trabalha com a hipótese de que ela estava presente no astereoide antes dele se desintegrar e atingir o seu tamanho atual. “Esta é uma grande notícia, uma grande surpresa", afirmou a cientista do Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa em Maryland, Amy Simon, durante uma coletiva de imprensa em Washington, D.C. Em comunicado à imprensa, ela disse que a presença de minerais hidratados “confirma que Bennu, um remanescente desde o início da formação do sistema solar, é uma excelente oportunidade para a missão estudar a composição de voláteis e orgânicos primitivos".
"Quando amostras deste material forem entregues à Terra em 2023, os cientistas receberão um baú do tesouro de novas informações sobre a história e a evolução do nosso sistema solar. Estamos tentando entender o papel que estes asteroides ricos em carbono desempenharam ao trazerem água para a Terra primitiva e torná-la habitável", completou Amy.
Além disso, os dados obtidos na primeira semana de missão no local confirmam as descobertas de 2013 feitas pelo chefe da equipe científica da OSIRIS-REx, Michael Nolan. O modelo que ele desenvolveu previu de perto a forma real do asteroide como algo próximo a um diamante, com a taxa de rotação, a inclinação e a forma geral projetadas quase exatamente como as encontradas. Ele tem um diâmetro de 492 metros, área um pouco maior que a altura do Empire State Building, em Nova Iorque, e gira uma vez a cada 4,3 horas.