Terceirizado trabalha mais e recebe menos, mostra estudo de 2015

Terceirizado trabalha mais e recebe menos, mostra estudo de 2015

Levantamento de Dieese e CUT também aponta que terceirizado fica menos tempo no emprego

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Terceirizado trabalha mais e recebe menos, mostra estudo de 2015

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Um estudo elaborado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, em média, um trabalhador terceirizado trabalha três horas a mais do que um empregado direto e recebe 25% a menos em vencimento mensal. Conforme o levantamento, a jornada média de trabalho dos terceirizados é de 43 horas/semana, 7,5% maior que as 40 horas cumpridas pelo empregado tradicional.

A pesquisa, denominada “Terceirização e desenvolvimento, uma conta que não fecha”, divulgada em 2015, revela ainda que a permanência no trabalho é de 5,8 anos para os trabalhadores diretos, em média, enquanto a dos terceiros é de 2,7. Esse fato decorre da alta rotatividade dos terceirizados – 64,4%, contra 33% dos diretamente contratados pela empresa. “A terceirização está diretamente relacionada com a precarização do trabalho”, concluiu o estudo.

Ainda segundo o levantamento, a escolaridade de terceirizados é menor: apenas 8,7% dos trabalhadores possuem nível superior. Já entre os contratados diretamente, o percentual chega a 22,7%. Em 2013, O Brasil tinha 47,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Desses, 12,7 milhões eram terceirizados, segundo estudo.

Em 2007, o Dieese divulgou pesquisa intitulada “Relações e Condições de Trabalho no Brasil”, apontando que o setor de limpeza era identificado por 68,9% dos participantes como a atividade mais terceirizada nas empresas representadas, seguida por vigilância, com 62,3% das respostas, copa, cozinha e refeição, com 55,7%, manutenção, 32,8%, transporte de materiais e produtos, 32,8%, montagem e estocagem, 13,1% e informática, 11,5%.

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