Eduardo Leite anuncia ajustes no modelo de distanciamento controlado no RS

Eduardo Leite anuncia ajustes no modelo de distanciamento controlado no RS

Governo modifica ponto de corte na alteração de bandeiras e tenta antecipar colapsos em UTIs

Correio do Povo

Eduardo Leite apresentou novos ajustes no combate ao Covid-19 no RS

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O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde desta quinta-feira, ajustes no modelo de distanciamento controlado no Rio Grande do Sul. As novas regras apresentam alterações no ponto de corte de indicadores de Covid-19 no Estado e ajustes no uso das bandeiras nas regiões, em que precisará apresentar estabilidades. As medidas são uma projeção para antecipar futuros colapsos nas UTIs pelo Estado. 

Segundo Leite, o modelo é teórico e inovador pois faz uma conciliação da atividade econômica com a proteção à vida. "Não está nas mãos do governo ter menos restrições, está nas mãos da população gaúcha. Por isso precisamos do engajamento de todos. Não é flexibilização. Estamos distantes de uma volta à normalidade", afirmou durante a transmissão ao vivo pelo Facebook. 

Os ajustes foram apresentados pela coordenadora do Comitê de Dados das ações de combate à pandemia de Covid-19 no Rio Grande do Sul, Leany Lemos, que ressaltou que o projeto foi montado com foco na vida após um intenso monitoramento. "Tudo isso é para trazer mais segurança, reduzir riscos de esgotamento e simplificar os indicadores", disse. 

Leany destacou que para as próximas semanas, a nova proposta poderá gerar mudanças mais expressivas. A mudança busca uma melhor aderência e segurança no caso de cenários futuros. 

• Leia os ajustes na íntegra

Ajustes 

Conforme o modelo, as alterações nos indicadores de óbitos por Covid-19 trarão uma projeção das mortes nos últimos sete dias e na variação de pacientes internados em UTI, ao invés de usar o número de óbitos dos últimos sete dias. O indicador também vai mostrar o uso de leitos livres de UTI em relação a leitos ocupados por Covid-19 em UTI na Macrorregião, substituindo o de leitos de UTI livres no último dia em relação à população idosa por Macrorregião. 

Também será incluído o uso de leitos livres em relação aos leitos ocupados por Covid-19 em UTI no Estado, que substituirá o de leitos de UTI livres no último dia no Estado. O indicador "ativos no último dia / recuperados nos últimos 50 dias" passará a ser "ativos na semana / recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana". 

O objetivo na revisão nos pontos de corte é para ter uma antecipação dos efeitos da pandemia, para prevenir o esgotamento da capacidade de atendimento e ter um melhor monitoramento ao Estado.

Bandeiras 

Leany também destacou a modificação das bandeiras no Estado. Se a região atingir a bandeira vermelha ou preta, será preciso duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para região obter uma redução de bandeira. Isso é para evitar que indicadores apresentem falsas melhoras e para ter certeza que a região obteve as melhoras necessárias. 

Nesta nova proposta, as alterações das bandeiras funcionará da seguinte maneira: para a região passar da bandeira amarela para a laranja, a taxa de avanço de hospitalizações por Covid-19, no período de duas semanas, terá que passar de 5% a 20%; para passar da laranja para a vermelha, o avanço deve ser de 20% a 50%, e da vermelha para a preta, o avanço precisa ser de 50%. 

A capacidade de leitos de UTI Livres para Covid-19 também será medida para o uso vigente da bandeira por região. A proposta mostra que para passar da amarela para a laranja, a região precisa de uma redução de 0% a 20%; de laranja para a vermelha, uma redução de 20% a 30% e para chegar a bandeira preta, a redução é de 30%. 

Para a redução da trava para baixar a bandeira, será preciso até três novos registros de hospitalizações por Covid-19, para ser mais cauteloso para o benefício de redução de bandeira. 

Indicadores

A alteração nos indicadores de óbitos por Covid-19 ocorreu porque o antigo modelo refletia a doença com muita defasagem e não antecipava o efeito da pandemia. Com a mudança, o governo do Estado pode ter uma projeção de óbitos por Covid-19 para daqui 14 dias para antecipar estes efeitoss e trazer ao presente um efeito tardio. 

No estágio da evolução, os indicadores mostrarão os recuperados no intervalo de 50 dias e com ativos da última semana. Segundo Leany, isso corrige o problema da defasagem para a inclusão no sistema. 

Já nos indicadores de capacidade de atendimento, o novo modelo apresentrá Leitos de UTI Livres / Leitos de UTI Ocupados por pacientes com Covid-19 no Estado e por macrorregião. Com a alteração, permitirá antecipar o colapso dos leitos nas UTIs e que seja proporcional à utilização da capacidade. 

 


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