Entenda como o calor e a estiagem estão relacionadas com a morte de peixes no litoral gaúcho

Entenda como o calor e a estiagem estão relacionadas com a morte de peixes no litoral gaúcho

Especialistas explicam os fatores que levaram à morte de milhares de animais na Lagoa do Peixe

Correio do Povo

A lagoa secou totalmente em diferentes pontos, revelando milhares de peixes mortos.

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Há algumas semanas, a Lagoa do Peixe, situada entre os municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte, protagonizou uma verdadeira cena de terror. A lagoa secou totalmente em diferentes pontos, revelando milhares de peixes mortos. Entre os principais fatores responsáveis pelo ocorrido estão a estiagem histórica e a intensa seca que atinge o Rio Grande do Sul.

Segundo a direção do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cerca de 1,5 tonelada de animais morreram no episódio. O desastre atingiu diretamente mais de 200 famílias que têm a pesca como sua principal forma de sustento. As estimativas de prejuízo são de quase R$ 5 milhões somente para as perdas de camarão.

Para o professor Guilherme Tavares, que atua no Programa de Pós Graduação em Ecologia e Biologia Animal e no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos da UFRGS, o ocorrido é consequência das mudanças climáticas que ocorrem no mundo todo e que tem se intensificado nos últimos anos.

O biólogo e doutor em Ecologia Jackson Muller, que fez a tese de doutorado sobre a Lagoa do Peixe, acredita que a seca deste local importante para a biodiversidade do Estado também está relacionada às questões de desequilíbrio climático, agravando a estiagem no Rio Grande do Sul e levando, consequentemente, à mortandade de peixes da região.

Em entrevista ao Podcast Direito ao Ponto, os biólogos e doutores se aprofundam na problemática e explicam como esses e outros fatores levaram à morte de animais e à seca de lagoas e lagunas no litoral gaúcho.

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