Confira como agir em caso de queimadura com água-viva

Confira como agir em caso de queimadura com água-viva

Presença do animal no Litoral gaúcho aumentou em 500% nos últimos dias

Brenda Fernández

Bandeiras roxas de alerta são fixadas na areia identificado a presença do animal

publicidade

O feriadão de final de ano na beira mar surpreendeu banhistas e os guarda-vidas que monitoram o Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A infestação de águas-vivas provocou mais de 26 mil queimaduras em um período de nove dias (21 a 30 de dezembro) e esgotou o estoque de vinagre de todas as guaritas das praias gaúchas, nesta segunda-feira. A recomendação do Corpo de Bombeiros é que os veranistas levem seu próprio vinagre – dentro de um borrifador – para emergências. 

A previsão da chegada de vinagre às guaritas é após o Ano Novo. Até lá, algumas recomendações, repassadas pelo Corpo de Bombeiros, ajudam na prevenção e nos primeiros socorros após o contato com o animal.

Veja algumas dicas

• Após o primeiro sinal de desconforto ou ardência na pele saia imediatamente da água;
• Esfrie o local com a própria água do mar;
• Não use água da torneira para esfriar o local. A presença do cloro na água potencializa a queimadura. Se for usar gelo no local, enrole-o em uma sacola plástica para não haver o contato direto com a pele;
• Não tentar remover a água-viva, caso ela fique presa na pele. A remoção de forma errada pode aumentar a queimadura. A remoção do animal só é feita pelo guarda-vida na guarita da praia;
• Não mexa em nenhuma água-viva que estiver na areia. Mesmo fora d'água, ainda pode haver possibilidade de queimadura;
• Após os primeiros socorros, procure um médico – principalmente se a queimadura for em crianças. Nenhuma medida substitui o cuidado médico;
• Borrife vinagre sobre a queimadura para aliviar os sintomas de ardência.

Inspeção da água

Com o crescimento de 500% da incidência de águas-vivas, segundo o major Antunes do Corpo de Bombeiros, nos últimos dias no Litoral gaúcho, algumas medidas estão sendo readequadas. Além de prestar o primeiro atendimento ao banhista lesionado, os guarda-vidas também fazem a inspeção da água do mar nas primeiras horas do dia. Se necessário, bandeiras roxas de alerta são fixadas na areia identificando a presença do animal no local. Ao longo do dia, este "mapeamento" segue sendo atualizado com a ajuda de relatos de banhistas queimados. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895