Dia no Litoral Norte é refresco em meio a calorão no Estado

Dia no Litoral Norte é refresco em meio a calorão no Estado

Temperatura chegou a 27 graus, mas vento aliviou o calor

Chico Izidro

Beira da praia estava lotada em Capão da Canoa

publicidade

Ao contrário de Porto Alegre e outras regiões do Estado, onde o calor imperou nesta segunda-feira, o litoral Norte foi um refresco para os veranistas. A temperatura bateu nos 27 graus, com um sol forte, mas o vento forte foi um paliativo. Em Capão da Canoa, a beira mar estava lotada, com milhares de veranistas aproveitando o primeiro dia da semana. Apesar de respeitar o distanciamento solicitado pelas autoridades por causa da pandemia, as pessoas continuam se recusando a usar máscaras na faixa de areia – a determinação é de que o acessório seja retirado somente quando se entra no mar. 

Denise Solano veio de Brasília passar o veraneio com a mãe cadeirante, Loremi, que reside em São Borja. E elas, ao contrário da maioria dos banhistas, estavam de máscara, assim como as duas cuidadoras da idosa, Liandra e Raquel. A atitude dos veranistas indignou Denise. “Eu acho um absurdo o comportamento dessas pessoas. Sinto uma falta de empatia delas pelo grupo de risco. Num momento em que milhares de brasileiros estão morrendo vítimas da Covid, elas não se importam, desrespeitando as normas”, desabafou. 

“Já fui até xingada”, lembrou, quando saiu de carro com a mãe, e viu veranistas sem usar o acessório. “Nem deu para sair do veículo quando fomos passear. E ao chamar a atenção de algumas pessoas, me ofenderam, como se eu estivesse errada”, lamentou. 

Se Denise pede que os banhistas respeitem as normas, Cláudia Antunes, de Sapucaia, disse acreditar que na beira mar não existe o risco de contágio, desde que os veranistas mantenham o distanciamento. “A máscara atrapalha muito. É um tira e põe para tomar um chimarrão, conversar. E se ficarmos em nosso quadrado, não há problema”, concluiu.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895