Morro da Borússia é opção de turismo para curtir o litoral Norte nas alturas

Morro da Borússia é opção de turismo para curtir o litoral Norte nas alturas

Localidade rural situada em uma região montanhosa de Osório é atração diferenciada no verão gaúcho

Gabriel Guedes

Pista de voo livre é uma das atrações do morro que fica em Osório

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O Morro da Borússia, em Osório, é o ponto de partida para uma incursão a um Litoral Norte diferente. A Borússia é uma comunidade rural, situada sobre o morro homônimo, famosa pelo mirante e rampa de voo livre, mas que não se resume a apenas isso. É uma localidade de fácil acesso, apesar da sinuosa e íngreme estrada, que é pavimentada com asfalto. Fica distante cerca de 3 quilômetros da BR 101, cujo acesso é feito por baixo do primeiro viaduto da rodovia federal em direção a Santa Catarina, logo que acaba a free way e se cruza a ERS 030. O morro é praticamente um parque de diversões a céu aberto.

Amantes de esportes radicais, como mountain bike, skate downhill e voo livre se cruzam pelas estradas do bairro rural. Mas para quem busca algo menos eletrizante, há mirante, restaurantes com cozinha colonial, cascatas e pousadas, que possibilitam viver o tempo passar mais lentamente.

Ao se chegar ao pequeno planalto, o visitante fica em dúvida na bifurcação: segue adiante, pela estrada principal, ou vai até o mirante, pegando a saída à esquerda? A segunda opção acaba sendo a preferida. E se justifica: do alto de seus quase 400 metros de altitude acima do nível do mar dá para avistar a orla litorânea norte desde Capão da Canoa até Cidreira. Um visual que demonstra a rica geografia da região, formada por lagoas, banhados e campos.

De quebra, dá para também se ter ideia da dimensão dos Parques Eólicos de Osório, que geram energia elétrica a partir do vento. “Espetacular a vista, ainda mais com este céu”, elogia a fisioterapeuta Cinthia Dias, 31 anos, que estavam na rampa de voo livre, conhecendo o morro pela primeira vez, na companhia do namorado, Lucas Lucas, 29 anos, de Porto Alegre.

O secretário de Turismo de Osório, Rossano Teixeira, lembra que, apesar ser a alternativa mais procurada, a rampa do voo livre é uma área de risco. “A rampa como mirante é muito perigosa. Por isso foi construído um mirante mesmo”, defende o secretário, ao mencionar o local que fica um pouco abaixo da rampa. Entretanto, a estrutura teve uma parte reformada e outras duas que não são mais acessíveis.

“Quando foi feito, quando venderam pra gente, utilizaram pinus tratado, que não deveria ter estragado, mas apodreceu muito rapidamente, por causa da umidade. Refizemos com madeira nobre, itaúba. O cercamento, que antes era com cabos de aço, foi substituído por tela”, detalha.

Mas voltando à estrada principal, restaurantes passam a ser a atração. Um peculiar restaurante, que mistura decoração rústica e moderna, chama a atenção do visitante por um de seus pratos: a linguiça, fabricada no frigorífico em frente ao local, e servida em uma panelinha de ferro com queijo derretido e fatias de pão caseiro. Mas se o visitante ainda pretende aplacar o calor, entretanto, sem se preocupar com areia ou nordestão, a Cascata da Borússia, distante cerca de 7 km do restaurante e a 9 km dos mirantes, é a pedida.

"Neste ano, a estiagem prejudicou um pouco. Mas o pessoal vem mais pela sombra, pelas churrasqueiras e o sossego. A água acaba sendo só um atrativo a mais", explica a administradora do local, Marli Teresinha Bertolli.

Pagando uma entrada, o turista ainda pode usufruir de playground, galpão para eventos e estacionamento.


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