Paleta Atlântida quer entrar para o Guinness como o maior churrasco de beira-mar do mundo

Paleta Atlântida quer entrar para o Guinness como o maior churrasco de beira-mar do mundo

Evento teve 1,3 quilômetro de churrasqueiras montadas com 140 mil tijolos na faixa de areia

Henrique Massaro

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Autointitulado o “maior churrasco à beira-mar do mundo”, o Paleta Atlântida voltou a movimentar a praia de Atlântida, em Xangri-lá, neste sábado, após um ano de hiato por conta da pandemia do coronavírus. Em sua quinta edição, o evento cresceu ainda mais, colocando 1,3 quilômetro de churrasqueiras montadas com 140 mil tijolos na faixa de areia e reunindo mais de cinco mil assadores. Foram utilizadas 10 toneladas de carvão para assar 1,5 mil quilos de carne, em especial a de ovelha, que, em 2017, deu origem a tudo após uma competição entre amigos para ver quem assava a melhor paleta. A estimativa é de que, este ano, mais de 25 mil pessoas tenham passado pelo local do evento, segundo a Brigada Militar. Para a próxima edição, a expectativa é pela vinda de um representante do Guinness World Records para oficializar o assado como o maior o mundo. 

“Eles vêm para nos dar o certificado, que é só o que falta, porque a gente já sabe que é o maior do mundo”, brinca Marcos Beylouni, um dos organizadores do evento ao lado de Felipe Melnick, Sebastian Watenberg e Luciano Leon. Segundo Leon, os idealizadores do Paleta Atlântida já fizeram diversos contatos com representantes do chamado Livro dos Recordes, e até uma empesa demonstrou interesse em patrociná-los para ajudar nessa questão, mas ainda não foi possível garantir a presença. O grupo, no entanto, já realizou suas pesquisas e garante que o churrasco de Atlântida é o maior de beira de praia do mundo. O tamanho, inclusive, cresceu mais do que o esperado, o que tem exigido cada vez mais dedicação dos organizadores em questões burocráticas para que tudo ocorra sem problemas. “Este evento começou como brincadeira, e hoje é um xodó.” 

Entre as churrasqueiras de tijolos, algumas estruturas diferentes chamavam a atenção do público. Era o caso de uma roda-gigante que foi montada para assar sete cordeiros girando numa velocidade constante sobre um braseiro. A ideia surgiu depois que o assador Marcelo Bolinha, que trabalha com carnes há 35 anos em Porto Alegre, esteve no maior evento de assadores da Austrália, onde viu uma estrutura parecida. “É uma invenção de moda, com eles estaqueados no chão seria mais fácil, mas assim é mais bonito”, confessa. Mas o responsável por montar a roda, Maclaud Oliveira, proprietário da La Fogatta Parrilla, discorda: “Para assar um cordeiro tem que ficar virando de tempo em tempo, ele precisa de muito calor e, para a praia, é mais difícil ainda, porque, como tem vento, ele vai esfriando. Assim, consegue-se, pelo menos, ter uma rotatividade grande de calor”. 

As grandes proporções e as características do evento eram convidativas para outras atrações que sempre combinam com um bom churrasco, como jogos de futebol organizado pelos ex-jogadores Tinga e Dunga. Outra iniciativa era um quiosque da Bella Vista, onde houve uma competição de harmonização com os cinco rótulos de cervejas da marca: Lager, Witbier, Weiss, Blonde Ale e American Ipa. “É uma cerveja top para assado”, diz o chefe Sandro Santos. Nas churrasqueiras, havia também espaço para inovar além da carne de ovelha. Luciano Cardoso, do Rancho Trilha do Sol, de Viamão, participou pela primeira vez do evento servindo, por exemplo, vazios gourmet recheados e fondue na moranga. “Com certeza, o evento só tende a crescer, acho que o nosso litoral vai ficar pequeno daqui alguns anos.”

Foto: Alina Souza


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