Polícia Civil faz campanha de combate à venda de bebidas alcoólicas para menores no litoral Norte

Polícia Civil faz campanha de combate à venda de bebidas alcoólicas para menores no litoral Norte

Ação durou quatro horas e notificou 59 estabelecimentos em Imbé, Mariluz e Albatroz

Taís Teixeira

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A Polícia Civil efetivou uma campanha de fiscalização para coibir a venda de bebidas alcóolicas para crianças e adolescentes em Imbé, Mariluz e Albatroz na noite de sexta-feira. A ação durou cerca de quatro horas e aconteceu em conjunto com o Conselho Tutelar, Fiscalização Tributária e Guarda Municipal de Imbé. Ao todo, 59 estabelecimentos foram notificados, sendo 25 na barra de Imbé, 25 em Mariluz e nove em Albatroz.

O delegado que atua há cinco anos na delegacia da praia de Imbé e desde 2001 na delegacia do balneário de Quintão, Antônio Carlos Ractz, explica que essa operação acontece todos os anos e tem o cunho de prevenir e de conscientizar o comércio e os veranistas de que é proibido vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, bebidas alcoólicas ou produtos cuja composição possa causar dependência física ou psíquica a menores de idade.

Ractz conta que nesta ação não houve prisões e nem apreensão e destaca que, devido à pandemia, a Polícia Civil tem agido com mais ênfase nas ruas para evitar as aglomerações. “Estamos fazendo um policiamento ostensivo, o que não é nossa atribuição, para ajudar a prefeitura”, reforça.

O delegado diz ainda que Imbé é uma praia onde acontece mais festas, e que o público, boa parte composto por adolescentes, procura o lugar com esse objetivo. “Têm casos de menores que são levados a delegacia e que os pais não sabem que os filhos foram passar uma  noite no litoral”, relata. Ele diz que, neste ano, mesmo com todos os protocolos sanitários para conter o avanço do novo coronavírus, não sentiu diferença nas atuações em comparação com temporadas anteriores. “Até então, o número de prisões ou apreensões está equilibrado e não houve nada mais expressivo”, relata.

Sobre o ajuntamento de pessoas, o delegado disse que trabalha  conforme as condições do efetivo, mas que a população aumenta muito no verão. “ Nós conversamos e alertamos o público sobre a necessidade de usar máscara, mas nem todos utilizam , o que seria um crime sanitário, mas não temos como prender todo mundo. A conscientização precisa ser individual e não pesar apenas sobre o poder público”, orienta. De acordo com o delegado, essas operação de fiscalização devem ocorrer durante todo veraneio.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895